A prova mais importante do triathlon brasileiro começa neste domingo (28) em Florianópolis. Pela 21ª vez, a capital catarinense recebe o Ironman Brasil. Neste ano, mais de 1.800 atletas de 36 países e quatro continentes, vão em busca do título e das vagas para o mundial da modalidade.
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A prova de 3,8 km de natação, 180 km de ciclismo e 42,2 km de corrida testa os limites físicos e mentais dos atletas para cruzar a linha de chegada e conquistar a tão sonhada vaga ao Mundial.
Assim como nas outras edições, o Ironman Brasil vai classificar triatletas para o Ironman World Championship 2023, etapa mundial do campeonato. Porém, devido a uma mudança no formato de disputa da maior prova da modalidade, serão 80 vagas a partir deste ano. Agora são duas cidades-sede da etapa mundial: Kona, no Havaí, para a disputa feminina, e Nice, na França, para a masculina.
Desta forma, 40 vagas serão ofertadas para os homens, que vão competir no dia 10 de setembro na Riviera Francesa, e as outras 40 vagas serão para as mulheres, que vão disputar a prova no dia 14 de outubro no arquipélago norte-americano, no Pacífico.
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Ao todo, serão 32 triatletas da Elite, 16 em cada gênero, incluindo três campeões do Ironman Brasil: Igor Amorelli (2014), Reinaldo Colucci (2022) e Pâmella Oliveira (2022).
Os atuais campeões estão entre os favoritos e não é à toa. Em 2022, Reinaldo fechou a prova em 7h48min27seg, cerca de cinco minutos antes do segundo colocado, Igor Amorelli, o único catarinense a conquistar o Ironman Brasil.
— Foi um dos dias mais incríveis da minha vida. Essa foi a prova que eu, praticamente, entrei no esporte, que conheci o esporte. E todo ano que eu ia lá era um sonho eu poder participar. É um dia inesquecível da minha vida, vou me lembrar dele minha vida inteira — contou Amorelli ao ge sobre o título de 2014.
Claro que a meta de quem chega no topo é se manter nele, por mais difícil que seja.
Em 2022, Igor Amorelli ficou em segundo, conseguindo a vaga para o Mundial em Kona. Contudo, este ano espera, diante da torcida, carimbar novamente a vaga, mas como campeão.
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— Quero pensar na minha performance, quero fazer meu melhor tempo possível e isso vai me dar a maior chance de ganhar a prova — acrescentou Amorelli.

Outro nome forte no cenário do triathlon profissional é André Lopes. Ele é americano, mas morou no Brasil por 23 anos, e compete como brasileiro. A primeira prova dele foi justamente o Ironman Brasil em Florianópolis, em 2016 como amador. Agora, sete ano depois, volta à competição como profissional e com o sonho de ser campeão.
— É muito emocionante, muito gratificante, porque foi onde eu comecei o triathlon. Florianópolis é um lugar muito especial para mim. E estar voltando agora, depois de toda essa jornada que tive como atleta profissional, é um rio de emoções — revelou André ao ge.
A sede por vencer e chegar ao topo é também de quem ainda desfruta do título da última edição. Pâmella Oliveira é a atual campeã, com o melhor tempo de uma brasileira (8h54min01seg), e a meta dela é o bicampeonato com um tempo mais baixo.
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— Me sinto mais tranquila, mais experiente, mais preparada. A corrida é o que realmente eu mais tinha dificuldade, e eu tenho fases que eu estou correndo melhor, fases que está mais difícil, e esse ano eu, surpreendentemente, estou em uma fase muito boa de correr e eu estou contando muito com ela pra esse Ironman, acreditando em uma maratona (42.2km de corrida) abaixo de 3 horas, e isso vai me ajudar muito nessa questão do tempo — disse Pâmella ao ge.
Em uma edição que reúne todos os triatletas profissionais brasileiros, 13 homens e seis mulheres, dentre os 32 atletas de Elite, o tempo vai dizer quem estará no topo no próximo domingo, em Florianópolis.
O Ironman Brasil será transmitido pelo NSC Total a partir da largada, às 6h45 (de Brasília).
*Reportagem por Bruno Atanazio e Cacau Corazza.