Os irmãos cartunistas Paulo e Chico Caruso chegaram a Passo Fundo literalmente causando barulho. Já na sala de desembarque do Aeroporto de Passo Fundo, na segunda-feira, Paulo deixou cair o estojo do violão que usa nas apresentações musicais ao lado do irmão. Preocupado, ergueu o estojo – no qual estavam presas as seções de um pedestal de microfone -, colocou-o em pé e apostou que o estojo se equilibraria sozinho. Perdeu para as leis da Física, porque os pedestais fizeram o estojo cair para frente e lá se foi o violão outra vez para o solo. Nova queda e novo estrondo, seguido do comentário gaiato vindo da porta de desembarque.
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– Que momento ele escolheu para encerrar a carreira.
Paulo reacomodou o violão no carrinho e se foi. Conferiu o estado do violão só no hotel. Tudo certo, o estojo havia aguentado os impactos e o instrumento havia sobrevivido sem danos.
A partir daí os gêmeos cartunistas garantiram risadas não apenas nas intervenções que tinham agendadas – um bate-papo com os também gêmeos Fábio Moon e Gabriel Bá e um show – mas a qualquer momento que se apresentava a oportunidade.
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No jantar de confraternização dos convidados, realizado todas as noites no Clube Comercial depois de encerrada a programação, os dois esperavam o fim de cada refeição para dar uma palhinha do que apresentarão no show de encerramento, nesta sexta-feira (26).
Na terça-feira, cantaram com suas vozes de barítono a canção Gran-Circo Berlusconi, uma sátira ao “circo do poder midiático”. Na quarta-feira, apresentaram sua composição mais recente, O Rap do Kadafi, em homenagem aos acontecimentos na Líbia. No refrão, arrancavam gargalhadas ao rebolar ao som dos versos:
“Kadafi segura
a mudança da hora
toda ditadura
dança com a bunda de fora”.
Paulo Caruso ainda tem sido responsável por momentos de maravilhamento e hilaridade da plateia ao fazer, ao vivo, caricaturas e charges dos palestrantes presentes nos debates da tarde – algo semelhante ao que o desenhista pratica no programa Roda-Viva, da TVE.
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Munido de papel, canetas, giz de cera, ele aproveita determinadas frases de cada palestrante para compor charges de improviso – mostradas no telão por uma câmera estrategicamente posicionada sempre ao lado do desenhistas, acomodado a uma escrivaninha à beira do palco.