Pessoa de caráter, com honestidade e princípios irretocáveis. É assim que Antônio Augusto Castro é citado pela família. O empresário, natural de Belo Horizonte (MG), morreu após um avião de pequeno porte ser encontrado entre Itapoá e Garuva, no Norte de Santa Catarina, na madrugada desta terça-feira (4).

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De acordo com o advogado Alaor Esteves, irmão de Antônio, a vítima sempre esteve disposta a ajudar todos da família e com a palavra final nas principais decisões. Agora, as lembranças positivas devem ser fixadas na memória.

— Sensato, sempre muito cortês e religioso. As lembranças serão sempre de um Antônio Augusto que sempre priorizava a família, sempre muito confiante, decidido, guerreiro, sempre disposto a ajudar, e um incentivador e conselheiro nato — destaca.

Fotos da vítimas e do acidente com avião em SC

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Conforme Alaor, Antônio será velado em Governador Valadares (MG). O corpo da vítima deve sair de Joinville na manhã desta quarta-feira (5), dia em que acontecerá o velório e sepultamento.

O acidente

Duas pessoas morreram após um avião de pequeno porte ser encontrado entre Itapoá e Garuva, no Norte de Santa Catarina, na madrugada desta terça-feira (4). As vítimas foram identificadas como Antônio Augusto Castro e Geraldo Claudio de Assis Lima, sendo o passageiro e piloto, respectivamente. 

O que se sabe sobre a queda de avião com duas mortes em SC

Conforme informações do Aeroporto de Joinville, o avião de pequeno porte não tinha pouso previsto para o aeródromo na maior cidade de Santa Catarina. O piloto do avião, no entanto, chegou a estabelecer contato com a equipe de controle aéreo do Aeroporto de Joinville por volta das 18h, minutos antes de desaparecer do radar.

Ainda segundo o radar de voos do site FlightAware, empresa de aviação digital que detém uma plataforma de dados e rastreamento de voos, a aeronave de MG foi flagrada pela última vez às 17h38min de segunda-feira (3), perto de Guaratuba (PR).

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De acordo com informações da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o avião da empresa Conserva de Estradas era um modelo Beech Aircraft de 1982, realizava serviço aéreo privado e estava com o Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) regularizado, com vencimento apenas para 2025.

Empresário tinha negócios em SC

O empresário mineiro Antônio Augusto de Castro Santos, morto na queda de avião ocorrida na noite de segunda-feira (3), trabalhava no ramo da construção e, recentemente, tinha fechado contrato para obra em Santa Catarina. O advogado Alaor Esteves, irmão da vítima, afirmou que Antônio Augusto estava viajando com frequência para o estado. As informações são do g1.

conforme O Globo, o empresário havia comprado a aeronave há cerca de um mês e estava a caminho de SC para fazer a vistoria em uma obra. Além de Guto, como era chamado, o piloto do avião Geraldo Claudio de Assis Lima também morreu no acidente.

Moradores contam o que viram

Um morador de Braço do Norte, em Itapoá, foi acordado por sirenes durante a madrugada desta terça-feira (4). Claudinir Gerker, 55 anos, conta que a esposa e a filha saíram da cama assustadas com a circulação em volta da casa. Foi quando souberam que um avião havia caído na região.

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Claudinir cita que na tarde de segunda-feira (3), pouco depois das 17h, enquanto alimentava as criações, percebeu que o bimotor passava pelo local e sobrevoava baixo. No entanto, como havia bastante neblina, não conseguiu identificar para onde seguiu a aeronave. O local é uma comunidade rural que fica às margens da SC-416, via que dá acesso a Itapoá.

— O avião passou baixinho, só ouvi o ronco. Minutos depois, escutei um estouro, mas pensei que era um pneu de algum caminhão que tinha estourado. De madrugada, por volta das 3h, acordamos assustados com a casa cercada por policiais e bombeiros — relata.

Investigações

Uma equipe de investigadores do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) deve investigar o que ocasionou a queda de um avião bimotor entre Garuva e Itapoá, no Norte de Santa Catarina, na noite de segunda-feira (3).

Em nota, o Cenipa, órgão central do Sistema de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SIpaer), localizado em Brasília (DF), afirmou que os investigadores foram acionados para realizar a ação inicial da ocorrência envolvendo a aeronave.

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“Na Ação Inicial são utilizadas técnicas específicas, conduzidas por pessoal qualificado e credenciado que realiza a coleta e a confirmação de dados, a preservação dos elementos, a verificação inicial de danos causados à aeronave, ou pela aeronave, e o levantamento de outras informações necessárias à investigação”, complementa a nota.

O Cenipa, ainda, frisou ainda que o posicionamento do órgão se dá somente a partir do fim das investigações, já que o objetivo, segundo eles, é de prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram.

“A conclusão da investigação terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade da ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes”, afirmou o Cenipa.

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