Policiais civis da Delegacia de Homicídios de Florianópolis prenderam na tarde desta segunda-feira Danilo de Souza, irmão do traficante Sérgio de Souza, o Neném da Costeira. Danilo teve a prisão temporária decretada por 30 dias suspeito de ser o mandante do assassinato de Vilmar de Souza Júnior, o Juninho, 29 anos, morto a tiros na frente do Mercado Público no dia 3 de março.

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A prisão é confirmada pelo diretor da Polícia Civil na Grande Florianópolis, delegado Verdi Furlanetto, em razão de investigação da Delegacia de Homicídios. A polícia ainda não deu mais detalhes da ação, que acontece em sigilo. Danilo foi preso no Fórum e em seguida ouvido na Delegacia. Depois, foi encaminhado ao presídio.

A reportagem apurou que a morte de Juninho no Mercado Público pode estar ligada a um outro assassinato em Florianópolis: a execução a tiros de Valdecir de Souza, o Nino, 44 anos, em um posto de combustíveis da Costeira, em outubro de 2016. Nino era irmão de Danilo de Souza e de Neném da Costeira. Segundo policiais civis, Juninho não era investigado pela morte de Nino e teria apenas uma relação de amizade com um dos supostos autores da morte de Nino.

A vítima, Vilmar de Souza Júnior, o Juninho
A vítima, Vilmar de Souza Júnior, o Juninho (Foto: Divulgação / Divulgação)

O advogado criminalista Francisco Ferreira, defensor de Danilo, acompanhou o depoimento e disse que ele nega o crime. Francisco disse estranhar a forma como foi decretada a prisão, pois “não há prova concreta contra ele, a não ser o famoso ouvi dizer”. Embora seja apontado pela polícia como mandante, e não o autor dos tiros no local do crime, o advogado disse que Danilo estava trabalhando no momento do homicídio como vendedor em uma empresa. Francisco vai entrar com pedido de revogação da prisão na Vara do Júri da Capital. A prisão foi decretada pelo juiz Marcelo Volpato. A polícia continua a apuração do crime e mais prisões podem acontecer.

Preso é acusado de outra morte na Capital

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Danilo de Souza também é acusado de ser o mandante de outro assassinato em Florianópolis, a morte a tiros de Tiago Cordeiro, o Calcinha, na Costeira. Mesmo assim, ele estava em liberdade mediante o cumprimento de medidas cautelares como ficar longe de testemunhas, manter endereço fixo e se apresentar em juízo a cada 15 dias. Calcinha foi executado no dia 2 de abril de 2015, e a polícia o tinha na época como gerente do tráfico de drogas de Neném da Costeira. O motivo da morte do Calcinha teria relação com o comando dos negócios da venda de drogas na Capital.

Danilo respondia em liberdade pela morte de Tiago Cordeiro em razão de decisão judicial e deverá ir a júri popular por esse crime. Ainda não há data para o julgamento. Conforme o advogado Francisco Ferreira, Danilo também nega envolvimento no assassinato do Calcinha e um recurso será julgado pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina.