Apontado como o mandante de um homicídio que ocorreu em 2017, em frente ao Mercado Público de Florianópolis, Danilo de Souza, irmão do traficante Neném da Costeira, foi absolvido depois de quase 9 horas de julgamento nesta terça-feira (8), no Fórum da Capital.

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Souza havia sido denunciado pelo Ministério Público (MP-SC), junto com outros dois suspeitos, pelo assassinato de Vilmar de Souza Júnior, o Juninho. Apesar da absolvição, ele segue preso por outros crimes.

O homicídio ocorreu na manhã do dia 3 de março de 2017, uma sexta-feira. A vítima trabalhava em uma peixaria do Mercado Público. Na ocasião, os suspeitos conduziam um automóvel Vectra de cor preta, quando perceberam a chegada do alvo. A caminhonete da vítima teve a frente trancada pelo veículo dos suspeitos na Avenida Paulo Fontes, em frente ao Mercado Público.

Juninho foi atingido por um disparo ainda dentro do carro. Desembarcou, na tentativa de escapar, mas foi alvejado por outros dois disparos e morreu no local. A denúncia do MP acusava o irmão de Neném da Costeira de homicídio qualificado. Segundo a acusação, o crime teria sido motivado por um desentendimento entre duas famílias da Costeira do Pirajubaé.

Relembre o caso

Juninho, como era conhecido, trabalhava na peixaria da sua família, no Mercado Público, e não tinha envolvimento com o tráfico de drogas. Ele estacionava o veículo, quando foi atacado pelos desafetos. A polícia levantou uma hipótese ainda no local do crime: acerto de contas, que poderia estar relacionado a outras mortes e crimes na Costeira do Pirajubaé.

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Vilmar de Souza Junior havia prestado queixa de ameaça em uma delegacia de polícia de Florianópolis no dia 11 de janeiro do mesmo ano, segundo informou a Polícia Civil à época dos fatos. No boletim de ocorrência, ele afirmou que recebeu no celular uma mensagem com a frase "Let´s blow you house" (vamos explodir sua casa) seguido de emoticons de bombas.

A outra informação repassada pela polícia é que Juninho estava em liberdade provisória desde o dia 10 de novembro de 2016 em habeas corpus do Tribunal de Justiça de SC.

Ainda, oito meses antes ao assassinato de Juninho, a irmã dele, Iara, teve o escritório atingido por cinco tiros em um atentado, na Costeira. Ela já foi advogada de Tiago Cordeiro, o Calcinha, 26 anos, assassinado a tiros em um posto de combustíveis na Costeira, em abril de 2015. Calcinha era gerente do tráfico de drogas e braço-direito do traficante Sérgio de Souza, o Neném da Costeira, considerado um dos maiores traficantes de Santa Catarina.

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