Mais um brasileiro está próximo de entrar na lista de santos católicos. A baiana Irmã Dulce foi reconhecida pelo Vaticano com o título de venerável, penúltimo passo em direção à canonização. Em anúncio à imprensa realizado nesta terça-feira, o arcebispo de Salvador, dom Geraldo Majella Agnelo, disse esperar que a católica seja canonizada até o início de 2010, em processo que tramita no Vaticano desde o começo de 2000.

Continua depois da publicidade

Segundo Agnelo, a Congregação para a Causa dos Santos do Vaticano, colégio de cardeais e bispos que analisa os processos de beatificação, último passo antes da canonização, decidiu por unanimidade, na semana passada, pelo reconhecimento de Irmã Dulce como figura venerável e que, logo, tem os pré-requisitos para se tornar santa.

A próxima etapa do processo é a comprovação de milagres da brasileira, que precisam passar pelo crivo de teólogos, peritos médicos e por um colégio de cardeais.

Com o título de venerável, a baiana é reconhecida pelo Vaticano como uma serva de Deus (beata) que teve a vida pautada por realizações em benefício do próximo.

– A condecoração prova que Irmã Dulce merece ser beatificada e, posteriormente, canonizada. Como venerável, o Vaticano dá sinais positivos para que ela se torne santa – explica o teólogo da Arquidiocese de Salvador, padre Manuel de Oliveira.

Continua depois da publicidade

Quem foi Irmã Dulce

Conhecida como “O Anjo Bom da Bahia”, Maria Rita Pontes, a Irmã Dulce, era devota de Santo Antônio e praticava caridade desde os 13 anos. Aos 18 anos, ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imaculada Conceição.

Ela foi uma das fundadoras do Hospital Santo Antônio. Irmã Dulce morreu em 1992, em decorrência de problemas respiratórios. Entre os milagres atribuídos à brasileira, o de maior relevância refere-se a uma mulher que sofreu uma hemorragia durante um parto e teria sido salva graças às preces da família à baiana.