O Centro fica a cerca de quatro quilômetros do bairro Iririú, na zona Leste de Joinville. Ir a pé é uma tarefa difícil, ainda mais em tempos de calor. De bicicleta ou de ônibus, depende do humor: o trânsito exige atenção extra e, nos horários de pico, os coletivos costumam lotar rapidamente. A melhor opção mesmo é não ir ao Centro. E nem precisa: no Iririú tem de tudo.

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A vocação comercial da região é comprovada pela história. De um bairro agrícola, o Iririú viu sua população crescer e ser tomada por comerciantes e por indústrias. No início, eram mercearias e moinhos. Hoje, o que mais se vê são revendas de automóveis e de materiais automotivos. Mas não é só isso. A “minicidade” possui desde loja de forros e cortinas até pequenos comércios de presentes, roupas e grandes magazines de móveis e eletrodomésticos.

As ruas principais, como a Iririú, a Papa João 23 e a Guaíra, abrigam dezenas de lojas de produtos diversos, além dos bancos (possui agências de quase todos), pontos de táxis, mototáxis e serviços. O local mais movimentado é a rua Iririú, uma espécie de centro dentro do bairro. Nas laterais das principais vias e avenidas, as casas ainda guardam um pouco da história: há muitas construções com mais de uma década de existência e poucos prédios altos.

São grandes residências, geralmente de alvenaria, que comprovam que as condições financeiras dos habitantes estão acima da média. Mas o mesmo bairro que é exaltado pelo desenvolvimento também é conhecido por suas ruas excessivamente movimentadas e consequentes problemas de trânsito. O binário do Iririú e a curva do Nereu são dois dos pontos com maior fluxo de veículo e de pedestres. Constantemente, eles voltam a ser temas de discussões políticas, mobilizando interesses de moradores, empresários e comerciantes.

As facilidades do Iririú fazem parte da vida do aposentado Francisco da Silva há pelo menos 22 anos, quando ele migrou de Lauro Müller, no Sul do Estado, para Joinville. Como mora perto da principal rua do bairro, ele nunca teve problemas em encontrar algo de que precisasse muito. O mate para preparar o chimarrão, por exemplo, veio do mercadinho logo ao lado.

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– Há 22 anos moro no mesmo lugar e sempre foi assim, com tudo perto. Mesmo quando quero ir ao Centro é fácil, porque o terminal é aqui do lado – diz, apontando para o terminal do Iririú.