O Iraque anunciou nesta quinta-feira o início do ataque ao último reduto do grupo extremista Estado Islâmico (EI) em seu território, perto da fronteira com a Síria.

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A ofensiva coincide com as movimentações, do outro lado da fronteira, do exército sírio e de seus aliados para cercar os combatentes do EI.

A batalha pretende asfixiar os jihad Nínive, mais ao norte”.

O militar informou que a ofensiva conta com a participação do exército, das unidades antiterroristas (CTS), da polícia federal e das Forças de Mobilização Popular (Hashd al-Shaabi), unidades paramilitares dominadas por xiitas e criadas para dar suporte ao exército, com o apoio do Irã.

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No início da tarde, as forças governamentais já haviam retomado várias bases militares do EI, incluindo uma da força aérea, ao sudeste de Al-Qaim, segundo o Comando Conjunto de Operações (JOC).

A província de Al-Anbar é sunita e várias unidades tribais sunitas da Hashd al-Shaabi foram mobilizadas.

“A força aérea iraquiana e a aviação da coalizão internacional executam bombardeios”, disse o general Mahmud Al Fellahi, comandante das operações em Al-Anbar.

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A coalizão afirmou que foram realizados 15 bombardeios contra alvos jihadistas na região de Al-Qaim e de Bukamal, na província síria de Deir Ezzor.

De acordo com a ONG Norwegian Refugee Council (NRC), mais de 10.000 civis fugiram da região de Al-Qaim e chegaram aos campos de deslocados da região de Ramadi desde o início do mês.

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) informou que 65.000 pessoas fugiram de Al-Anbar no decorrer do ano.

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O governo central e a região do Curdistão se encontram em uma grave crise, desde o referendo de independência curdo organizado em setembro.

O Curdistão recuou na quarta-feira e afirmou que estava disposto a “congelar os resultados” da consulta, na qual o ‘Sim’ vence por ampla margem.

Mas o primeiro-ministro iraquiano afirmou nesta quinta-feira que aceita apenas a “anulação” do referendo” de independência curdo.

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“Aceitaremos apenas a anulação do referendo e o respeito da Constituição”, destacou Abadi em um comunicado.

* AFP