Autoridades do judô olímpico afirmaram nesta segunda, dia 16, que precisam de mais evidências antes de tomar qualquer medida contra o Irã pelo aparente boicote político de um lutador de sua equipe contra Israel.

Continua depois da publicidade

O comitê executivo da Federação Internacional de Judô se reunirá nesta segunda para discutir o caso do campeão mundial iraniano Arash Miresmaeili.

Ele tinha que ter lutado no domingo nos Jogos Olímpicos de Atenas contra Ehud Vaks, de Israel, na primeira rodada da categoria até 66 quilos. Miresmaeili, que estava acima do peso exigido, afirmou que não lutaria contra um israelense em respeito ao povo palestino.

A porta-voz do comitê olímpico iraniano afirmou que lutador foi orientado a não lutar devido à política nacional do Irã em relação a Israel.

No entanto, as autoridades olímpicas afirmaram que as razões ainda são incertas.

Continua depois da publicidade

– Antes de falar em sanções, temos que saber exatamente porque ele não estava com o peso correto. Temos que saber se foi algo proposital ou acidental. Até o momento, não sabemos – afirmou o porta-voz da entidade máxima do judô, Michel Brousse.

– Que alguém estava com o peso acima do exigido, é certo. Mas não punimos atletas por causa disso – explicou Brousse.

Destacando como o gesto político do Irã vai contra o ideal olímpico, Brousse afirmou:

– Ir para as olimpíadas significa compartilhar os valores do movimento olímpico. A Federação Internacional de Judô tem valores similares ao movimento olímpico. Nós valorizamos a amizade, a solidariedade e a tolerância. Valorizamos a paz e não podemos tolerar a discriminação.

Para técnico da equipe de judô dos Estados Unidos, Bob Berland, Miresmaeili foi convencido a não comparecer à luta:

Continua depois da publicidade

– É um choque para todos. Estou certo de que o judoca iraniano queria lutar.

– Quando a política de um país começa a ter um papel em competições olímpicas, não há vencedores – completou.

As informações são da Reuters.