O Irã denunciou nesta quinta-feira que a discriminação e as invasões incentivam o extremismo, durante a abertura da reunião de chanceleres da Cúpula dos Países Não-alinhados (NOAL) nesta quinta-feira, na Isla de Margarita, norte da Venezuela.

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“As ditaduras, a corrupção, a pobreza, a discriminação e a falta de oportunidade são o terreno propício para o extremismo”, declarou o chanceler iraniano Mohammad Javad Zarif, cujo país cederá a presidência pro tempore do grupo à Venezuela.

O ministro acrescentou, segundo a tradução de uma intérprete, que esses fatores se somam “à intervenção, invasão e ocupação”, e citou exemplos como o Iraque, a Síria e a Palestina.

O chanceler iraniano também manifestou que o respeito ao direito internacional e as normas e princípios da carta das Nações Unidas “são um imperativo para drenar os caldos de cultivo do extremismo e terrorismo”.

Na abertura das deliberações, a chanceler venezuelana Delcy Rodríguez classificou como “infame” um decreto dos Estados Unidos, emitido em 2015 e renovado este ano, que considera seu país como “uma ameaça incomum e extraordinárias para a segurança de Washington”.

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A cúpula de chefes da NOAL – que reúne 120 países – acontecerá no sábado e domingo.

* AFP