O Irã denunciou, nesta quinta-feira (20), uma ação dos Estados Unidos (EUA) "provocadora" e "muito perigosa" contra sua "integridade territorial". A carta foi enviada ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) após o Teerã derrubar um drone norte-americano em seu "espaço aéreo".

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Na missiva, o Irã, que se abstém de pedir uma reunião de emergência do Conselho de Segurança, afirma que não "busca a guerra" e exige à organização que intervenha para que os EUA "ponham fim às suas ações ilegais e desestabilizadoras" no Golfo.

O embaixador iraniano na ONU, Majid Takht Ravanchi, indicou na carta – também destinada ao secretário-geral da organização, António Guterres – que o drone norte-americano estava em uma "clara operação de espionagem". E qualificou o voo como uma "flagrante violação da lei internacional".

"Embora a República Islâmica do Irã não busque a guerra, reserva seu direito inerente (…) de tomar todas as medidas apropriadas que sejam necessárias contra qualquer ato hostil de violação de seu território", escreveu o diplomata.

— (O Irã) está determinado a defender vigorosamente sua terra, mar e ar — disse Ravanchi.

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O Pentágono denunciou a derrubada como um "ataque sem provocação" no espaço aéreo internacional, alegando que o drone RQ-4 Global Hawk estava a cerca de 34 km do Irã quando foi destruído por um míssil.

O incidente do avião não tripulado ocorre em meio a altas tensões entre EUA e Irã, que já havia sido acusado por Washington de realizar ataques contra dois navios petroleiros.

Teerã nega estar por trás desses ataques, mas com frequência ameaça bloquear as rotas marítimas utilizadas para mover grande parte das exportações de petróleo do mundo.