O Irã atribuiu a erros de segurança o pisoteamento que matou 453 pessoas na Arábia Saudita durante o hajj, a peregrinação anual dos muçulmanos.
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“Por motivos desconhecidos, foram fechados dois acessos perto do local do acidente”, afirmou o chefe da organização iraniana do evento, Said Ohadi.
“Foi isso que causou este trágico incidente”, declarou à televisão estatal iraniano.
“O incidente de hoje mostra a má gestão e uma falta de atenção séria para a segurança dos peregrinos. Não há outra explicação. As autoridades sauditas deveriam ser consideradas responsáveis”.
De acordo com uma fonte do ministério da Saúde saudita, o tumulto aconteceu durante o ritual de apedrejamento de Satã na cidade de Mina, um ritual que consiste em atirar pedrar contra pilastras que representam o demônio.
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A tragédia aconteceu perto de uma das pilastras, quando várias pessoas que deixavam o local se encontraram com um grande número de peregrinos que desejavam ter acesso.
Os fiéis têm acesso à área dos pilastras por túneis e vias elevadas e, nos últimos anos, as autoridades realizaram obras importantes para facilitar o deslocamento das pessoas e evitar acidentes como o desta quinta-feira.
As vítimas são de várias nacionalidades, segundo as autoridades.
Em janeiro de 2006, uma tragédia similar no mesmo local matou 364 peregrinos.
* AFP