O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) abriu consulta pública para que os joinvilenses possam se manifestar sobre as diretrizes de preservação e os critérios para intervenções na área de entorno da Estação Ferroviária de Joinville.
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As contribuições para o aperfeiçoamento da proposta de regulamento serão recebidas até o dia 11 de dezembro. Em entrevista à CBN Joinville nesta terça-feira (22), Regina Helena Meirelles Santiago, superintendente do Iphan-SC, explicou que o objetivo da consulta pública para a criação de normas é ampliar a discussão para a sociedade.
– Através da consulta todos têm acesso aos documentos estudos que o Iphan já realizou para que se chegue ao que é melhor para a preservação de bens, além de contribuições e sugestões. – disse.
Segundo o Iphan, após a realização da consulta pública, o Iphan fará a análise e a consolidação das contribuições recebidas ao longo do processo de consulta pública, e publicará as respostas juntamente com o texto final da minuta de portaria.
Para participar da consulta pública é preciso acessar o formulário digital e, ao encaminhar contribuição, como proposta de alteração ou exclusão de conteúdo, deve-se incluir uma justificativa com até 1.500 caracteres.
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Estação Ferroviária de Joinville
Inaugurada em 1906, a Estação Ferroviária de Joinville faz parte da linha São Francisco, que ligava o porto de São Francisco do Sul ao município de Joinville e que, em 1909, foi expandida até a colônia Hansa (atual Corupá). O ramal ainda é utilizado para o transporte de cargas, tendo como destinos finais a estação de Mafra e o porto de São Francisco do Sul.
A edificação original foi construída em técnica enxaimel, com estrutura de madeira vedada com alvenaria rebocada. O prédio original recebeu ampliação em 1917, sendo acrescido por outros dois módulos edificados em alvenaria autoportante de tijolos.
A Estação Ferroviária de Joinville destaca-se na paisagem do bairro e constitui um dos símbolos da cidade mais populosa de Santa Catarina. Os elementos de madeira da estrutura do telhado e das paredes, esquadrias, guarda-corpos, mãos francesas e empenas são de esmero construtivo singular, com peças de carpintaria requintadamente trabalhadas. No eixo simétrico da fachada frontal destaca-se a torre, que se eleva como marco visual na vizinhança.
Foi tombada pelo Iphan em 2015, como um dos bens que compõem a proteção das “Edificações, Núcleos Urbanos e Rurais relacionados com a imigração no estado de Santa Catarina”.
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Dúvidas sobre a consulta pública podem ser enviadas para o e-mail consultapublica.norm@iphan.gov.br.
*Com informações da assessoria
Ouça a entrevista completa: