A inflação do Brasil, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desacelerou a 0,39% em novembro. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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A alta vem após a variação de 0,56% em outubro. O resultado é um pouco maior do que a mediana das previsões do mercado financeiro, de 0,38%.

Veja resultados dos grupos do IPCA

  • Alimentação e bebidas: 1,55%, após aumento nos preços das carnes (8,02%);
  • Habitação: -1,53%;
  • Artigos de residência: -0,31%;
  • Vestuário: -0,12%;
  • Transportes: 0,89%, impulsionado pela alta nos preços das passagens aéreas (22,65%);
  • Saúde e cuidados pessoais: -0,06%;
  • Despesas pessoais: 1,43%, pelo avanço visto no cigarro (14,91%);
  • Educação: -0,04%;
  • Comunicação: -0,10%

A inflação acelerou a 4,87% até novembro, em um acumulado de 12 meses, segundo o IBGE. Em outubro, a alta era de 4,76%.

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O que é o IPCA

O IPCA é a referência para a meta de inflação que é perseguida pelo Banco Central (BC). Ao longo dos 12 meses de 2024, o centro do objetivo é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para menos ou para mais (4,5%).

Até dezembro, no entanto, projeções do mercado financeiro indicam o estouro do teto da meta de 4,5%.

Mediana das previsões para 2024 subiu

A mediana das previsões para 2024 subiu de 4,71% para 4,84%. A informação foi divulgada antes da divulgação do IPCA, na segunda-feira (9), pelo boletim semanal Focus, do BC.

Ainda nesta semana, o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC se reúne novamente para definir o patamar da taxa básica de juros, a Selic. Ela está em 11,25% ao ano.

No momento, a perspectiva de aumento é de 0,75 ponto percentual na taxa. Isso a levaria a alcançar os 12%, segundo analistas consultados pelo Focus.

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Aumento de juros é a “arma” do BC contra inflação

O aumento de juros é como uma “arma” do BC na contenção da inflação e para ancorar as expectativas para o IPCA.

Isso porque, ao dificultar o consumo, a taxa de juros mais alta pode fazer com que a demanda aquecida, que pressiona o preço de alguns itens e serviços, diminua. A desaceleração da atividade econômica, neste caso, é um efeito colateral esperado.

*Sob supervisão de Luana Amorim

**Com informações de g1 e Folha de S. Paulo

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