A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) foi de 0,64% em fevereiro, ante a taxa de 0,70% em janeiro, conforme o IBGE. Com este resultado, a inflação acumulada este ano é de 1,34% e no período de 12 meses, de 4,74%.
Continua depois da publicidade
Os grupos alimentação e bebidas (1,13 %) e educação (3,61%) foram responsáveis, juntos, por 80% da taxa de inflação. Os dois grupos contribuíram, juntos, com 0,50 ponto percentual (cada um com 0,25 ponto) da variação de 0,64% do indicador no mês.
No grupo de educação, o aumento nas mensalidades dos cursos de ensino formal ficou em 4,09%, “refletindo a típica aplicação de reajustes no início do ano letivo”, segundo os técnicos do IBGE no documento de divulgação da pesquisa. As mensalidades foram o item de maior contribuição individual no índice do mês, de 0,20 ponto percentual.
Houve desaceleração nos produtos alimentícios e aceleração nos não-alimentícios. No grupo dos alimentos, a alta foi de 1,13%, inferior à taxa de janeiro (1,96%). Segundo o IBGE, o feijão (10,46% em fevereiro, contra 28,34% em janeiro), apesar da menor variação, continuou com seus preços em alta. Por outro lado, as carnes (4,05% em janeiro) ficaram um pouco mais baratas em fevereiro (-0,99%).
A taxa dos produtos não-alimentícios foi de 0,97%, ante 0,35% de janeiro, refletindo, além do reajuste das mensalidades escolares, os aumentos nas tarifas dos ônibus urbanos no Rio de Janeiro , Porto Alegre e Recife.
Continua depois da publicidade
Os combustíveis (-1,09%) apresentaram a mais baixa contribuição. O preço do litro da gasolina ficou 1,17% mais barato, e o álcool teve queda de 1,42%.
O IPCA-15 é lido como uma prévia do IPCA, que será divulgado no dia 11 de março. O IPCA é o índice oficial utilizado pelo Banco Central para cumprir o regime de metas de inflação. O valor para 2008, determinado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 4,5%, com margem de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.