Com uma tela de 7,9 polegadas, o novo modelo de tablet apresentado hoje pela Apple cabe na palma da mão.
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Mas não necessariamente no bolso.
O iPad Mini chega para concorrer em um mercado desbravado pela concorrência, de dispositivos com tamanho intermediário entre smartphones e tablets maiores. Os rivais têm uma vantagem: se adaptam melhor ao tamanho da carteira do consumidor. Google Nexus e Kindle Fire, líderes no segmento de sete polegadas nos Estados Unidos, partem de US$ 199. O mais simples iPad Mini sai por US$ 329.
No Brasil, não há previsão de data e preço dos lançamentos. Foram apresentados também novos modelos de desktops, notebooks e ainda a quarta geração do clássico iPad com 9,7 polegadas.
– A Apple construiu um iPad Mini igual ao iPad, o que torna todos os aplicativos compatíveis com ele, e com a qualidade que todo mundo já conhece. As versões mais baratas dos concorrentes são muito distantes, mais simples – afirma Farlei Heinen, desenvolvedor e professor da Unisinos, apostando que a novidade vai vencer com facilidade os produtos de outras marcas.
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As configurações do iPad Mini são semelhantes às do iPad 2, com processador Dual-core A5 chip e resolução de 1024 x 768 pixels. O conector que liga o aparelho ao carregador de bateria e outros equipamentos é o Lightning, modelo polêmico introduzido com o iPhone 5. O hardware não impressionou especialistas, já que as especificações do aparelho não são especialmente melhores do às dos irmãos maiores.
Além da mobilidade, o que torna o equipamento interessante é o universo de programas ao qual ele está conectado: os mais de 275 mil aplicativos criados até agora para o sistema operacional móvel da Apple se adaptam perfeitamente à nova tela. Mais do que a máquina, os serviços que ela oferece é que podem se tornar decisivos na hora da compra, explica Almir Meira Alves, professor da FIAP:
– A gente sai da era do hardware e vai pra era do aplicativo. Ao decidir a compra, o consumidor tem que avaliar: ela gosta de tudo da Apple ou quer ter um pouco mais de liberdade? Quando você usa um equipamento da Apple fica fechado: vai sincronizar tudo no iTunes, ter uma melhor experiência com o MacBook e a Apple TV. Se quer integração com a plataforma PC, outras marcas podem ser mais interessantes.
Normalmente com uma atitude autossuficiente, a Apple chamou a atenção por adotar uma postura combativa em relação à concorrência durante a apresentação dos novos produtos. Em um telão, o vice-presidente sênior de marketing no mundo, Phil Schiller, exibiu um Google Nexus lado a lado com um iPad Mini para demonstrar as qualidades superiores do equipamento com a marca da maçã. O gesto, combinado com a estreia em um mercado até então desprezado, mostra que a Apple observa com atenção os movimentos dos concorrentes e não quer deixar brechas para qualquer avanço inimigo.
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