Os investimentos em mineração no Brasil devem recuar no ciclo 2014-2018 para US$ 53,6 bilhões, de acordo com o relatório do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), com base em informações passadas pelas mineradoras. Esse valor representa queda em relação ao se que se pretendia aportar entre 2012-2016, cerca de US$ 75 bilhões.
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A queda dos preços do minério de ferro nos últimos meses e o aumento dos custos de produção são apontados como redutores de apetite no Brasil. O País produz aproximadamente 415 milhões de toneladas por ano, ou quase 15% da oferta global.
Minério de ferro atinge o menor preço em 18 meses
– No Brasil, o apetite das siderúrgicas pelo minério não é tão mais aquecido como antes. Grupos, como CSN e Usiminas, que produzem aços planos, não encontram mais na indústria automobilística um vetor de crescimento. Eventos como Copa do Mundo e Olimpíada criaram demanda para as siderúrgicas voltadas para construção pesada, mas agora são necessários novos projetos – disse Victor Penna, analista do Banco do Brasil.
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Importantes projetos de mineração estão em andamento no País. O S11D, da Vale, em Carajás, no Pará, é considerado um dos com mais baixos custos de produção do mundo, em torno de US$ 50 por tonelada. O de Minas-Rio, da Anglo American, que começa a operar em etapas a partir do fim do ano, é avaliado em cerca de US$ 20 bilhões, de acordo com o Ibram.
De acordo com especialistas do setor, grandes siderúrgicas, como a CSN, estão fazendo investimentos em mineração.
– No caso da CSN, a geração de caixa (Ebtida) de 2013 na área de mineração já é maior que o da divisão siderúrgica – disse uma fonte.
No balanço de 2013, divulgado pela companhia, a CSN registrou receita líquida de R$ 12,4 bilhões na divisão siderúrgica e R$ 5,3 bilhões em mineração. O Ebtida na área de mineração respondeu por 46% do total do grupo, com R$ 2,6 bilhões, e o de siderúrgica 43% do total.
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