O governo do Estado aplicou R$ 1,49 bilhão em investimentos em 2013 – 48,5% a mais que o ano anterior -, mas o crescimento não se refletiu em todos os setores. Enquanto as áreas de infraestrutura e segurança pública receberam mais recursos que 2012, em saúde e educação o total de investimentos caiu.

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Os dados fazem parte do balanço estadual do ano passado, divulgado este mês pelo próprio Executivo, com as estatísticas oficiais de onde foi parar o dinheiro arrecadado com os impostos pagos pelos catarinenses.

O aumento foi consumido principalmente por investimentos em infraestrutura, que ficou com 44% do bolo. Na segurança o crescimento em investimentos chegou a 110%. Na educação a queda foi de quase 30% em relação ao ano anterior e na saúde, 25% a menos que 2012.

Isso não quer dizer que o Estado aplicou menos dinheiro nas duas áreas. Na verdade, gastou mais. Só que aumentaram os gastos com folha de pagamento, o maior de todos, e com custeio (manutenção e o funcionamento das estruturas públicas). As porcentagens de aplicação obrigatória foram cumpridas.

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O que caiu foi a aplicação de dinheiro em investimentos. É o recurso aplicado para construir uma nova escola ou compra de equipamentos, por exemplo.

Na Educação, de acordo com o secretário Eduardo Deschamps (PSDB), os investimentos acabaram reduzidos pelos reajustes sucessivos do piso dos professores, o que aumentou a folha de pagamento no orçamento da pasta. Disse também que investimentos previstos para o ano passado, com recursos do BNDES, acabaram não saindo por dificuldades na aprovação e tramitação dos projetos junto ao banco de desenvolvimento. Prevê que, com isso, em 2014 sejam investidos cerca de R$ 300 milhões na área.

Em nota, a Secretaria da Saúde disse que a redução ocorreu porque a pasta teria necessitado investir mais recursos que o normal em 2012, por causa de dois projetos, e teria aumentado os gastos de custeio com o Hospital de Araranguá e com o Samu, ao mudar os modelos de gestão, para melhorar a oferta de serviços à população.

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