Investimento milionário deve tirar cidades do Alto Vale da estaca zero no tratamento de esgoto

Um investimento de R$ 166 milhões deve tirar cidades do Alto Vale do Itajaí da estaca zero quando o assunto é tratamento de esgoto. Conforme anúncio do governo do Estado, o dinheiro será aplicado pela Casan até 2026 nos municípios de Rio do Sul, Ibirama, Ituporanga e Taió.

As cidades têm, juntas, cerca de 137,1 mil habitantes, segundo o último Censo do IBGE, mas o esgotamento sanitário chega às casas de apenas 5% dessa população. Se os investimentos saírem de fato do papel, esse percentual deve variar entre 42% e 56%, dependendo o município.

O Marco Legal do Saneamento Básico estabelece 90% de cobertura em todas as cidades brasileiras até 2033. A Casan diz que trabalha para atingir a meta e atualmente “faz a elaboração dos projetos para prosseguir a expansão” nas quatro cidades dentro da próxima década.

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Pode parecer um bom prazo atingir a universalização do serviço, mas alguns municípios ainda não têm nada de rede de esgoto em operação. Rio do Sul, o maior município do Alto Vale, com 72,3 mil moradores, é um exemplo disso mesmo com a implantação da rede tendo começado há oito anos.

A Casan explica que já concluiu 95 quilômetros de rede, duas estações elevatórias e a primeira Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) na cidade. Os trabalhos começaram em 2015 e custaram R$ 54 milhões, mas só agora os primeiros imóveis foram liberados para se conectar à rede.

Com essa etapa concluída, a Casan garante que Rio do Sul deve conseguir atender cerca de 35 mil moradores — quase metade da cidade — com tratamento de esgoto. O bairro Canto Galo deve ser o primeiro beneficiado, conforme cronograma da companhia.

A meta, a partir daí, será chegar a 56% de cobertura nos próximos três anos.

Serão mais R$ 59 milhões de investimentos para 66 quilômetros de rede e outras 12 estações elevatórias. Com isso o serviço deve contemplar os bairros Boa Vista, Canoas, Centro, Eugênio Schneider, Fundo Canoas, Jardim América, Laranjeiras, Pamplona, Progresso e Santana.

“À medida que a rede coletora for executada, os demais bairros contemplados serão autorizados a se conectarem à rede”, informou a Casan.

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Taió

Na pequena cidade de Taió, com 18,3 mil moradores, a cobertura de rede de esgoto também não é uma realidade ainda. Para o município, o governo do Estado anunciou R$ 23 milhões. O valor deve ser suficiente para instalação de 18 quilômetros de rede, uma estação de tratamento e duas elevatórias.

Quando as obras ficarem prontas, o percentual de cobertura deve chegar a 44% do município.

Ibirama

Dados da Casan apontam 18,6% da população de Ibirama é atendida com saneamento básico. Isso significa cerca de 3,4 mil moradores beneficiados. Segundo o IBGE, o número de pessoas vivendo na cidade hoje chega a 19,8 mil. A meta é alcançar 52% de cobertura até 2026.

Estão previstos 13,5 quilômetros de rede e três estações elevatórias, ao custo de R$ 12 milhões.

Ituporanga

Segundo o anúncio de Jorginho de Mello, a meta é que daqui a três anos Ituporanga tenha 42% de cobertura de rede de esgoto. É mais que o dobro existente atualmente, na casa dos 18,2%, conforme a Casan. O município deve receber 22 quilômetros de tubulação e um elevatória.

Se o objetivo for alcançado, a cidade deve sair dos atuais 3,2 mil moradores beneficiados para 11 mil, considerando a população atual de 26,5 mil habitantes. O recurso será de R$ 18 milhões.

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