A investigação sobre a morte de Marcílio de Souza, um aposentado de 73 anos, marido de uma policial civil que estava trabalhando no momento do assassinato, descarta a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte). De acordo com a delegada Ana Claudia Ramos Pires, da Delegacia de Repressão a Roubos, nada na cena do crime indica que tenha havido um assalto à residência localizada no bairro Carvoeira, em Florianópolis.
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A hipótese de latrocínio foi levantada inicialmente por conta do roubo de um veículo, mas a Polícia Civil de Santa Catarina acredita que isso tenha acontecido apenas para facilitar a fuga dos criminosos. Assim, o caso foi direcionado à Delegacia de Homicídios da Capital.
— Estive no local do crime, onde vimos que não há indícios de latrocínio. A carteira da vítima estava na casa, assim como o telefone celular e o notebook. Além disso, não havia nada revirado, o que é característico em casos de latrocínio. Assim, o caso foi para a Delegacia de Homicídios — explica a delegada Ana.
O delegado Ênio Mattos, da Divisão de Homicídios, afirma que irá coletar depoimentos dos familiares "assim que possível" para tentar entender a motivação do crime. Informações iniciais repassadas por familiares da vítima indicam que as câmeras de segurança da residência estavam desligadas no momento do crime.
O crime
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O corpo de Marcílio de Souza foi encontrado por sua esposa no início da manhã de terça-feira, 27 de novembro, depois que ela chegou em casa após trabalhar a noite inteira na delegacia do aeroporto. Ela então acionou a Polícia Civil.
O delegado Ênio Mattos afirma que Souza foi morto por asfixia causado por estrangulamento. Até o momento, ninguém foi preso pelo assassinato do aposentado Souza.
117ª morte violenta na Capital em 2018
Com mais este crime, Florianópolis registra agora 117 mortes violentas em 2018, faltando pouco mais de 30 dias para acabar o ano. O número, menor que os mais de 150 homicídios, latrocínios, lesões corporais seguidas de morte e mortes em intervenções policiais registradas no mesmo período do ano passado, é maior do que todas as ocorrências de crimes contra a vida registrados na Capital nos anos de 2015 (62 casos) e 2016 (92 ocorrências).