Depois de pedir exoneração do cargo de secretário de Estado da Casa Civil, Douglas Borba renunciou nesta terça-feira (19) ao mandato de vereador pelo município de Biguaçu. Ele havia sido eleito em 2016 com 1313 votos – a segunda maior votação da cidade – pelo Partido Progressista (PP), e se licenciou da Câmara em janeiro de 2019, quando assumiu a Casa Civil do governo de Santa Catarina após convite do governador Carlos Moisés (PSL).

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O pedido de renúncia foi confirmado pela secretaria legislativa da Câmara de Vereadores de Biguaçu. Conforme a Casa, o pedido foi protocolado com base no regimento interno.

Borba é investigado no processo que trata da compra de 200 respiradores por R$ 33 milhões pelo Governo do Estado, em uma dispensa de licitação feita para preparação do sistema de saúde catarinense durante a pandemia do coronavírus. Uma série de irregularidades no processo foram apontadas, com denúncias de corrupção, falsidade ideológica, empresas de fachada e lavagem de dinheiro.

Citado na investigação como agente público que teria indicado a empresa Veigamed (que foi contratada) para o Estado, e inclusive recomendado pessoas próximas para intermediar a compra, Borba chegou a ser alvo de um pedido de prisão preventiva que foi negado pela Justiça. No entanto, no dia 9 de maio ele foi um dos alvos dos mandados de busca e apreensão durante a Operação O2, deflagrada pela força-tarefa que engloba Ministério Publico (MPSC), Tribunal de Contas (TCE-SC) e Polícia Civil. No dia seguinte à operação, Borba pediu exoneração da Casa Civil.

A reportagem tentou contato com o ex-secretário para comentar a renúncia do mandato de vereador, mas não teve retorno até a publicação.

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