O relatório final da Polícia Federal apontou que os investigados se estruturaram por meio de divisão de tarefas. Isso permitiu à investigação individualizar as condutas de cada um dos suspeitos.

Continua depois da publicidade

Clique aqui para receber as notícias do NSC Total pelo Canal do WhatsApp

O documento aponta a existência de um núcleo de Desinformação e Ataques ao Sistema Eleitoral, um núcleo responsável por incitar militares à aderirem ao golpe de Estado, um núcleo Jurídico, um núcleo operacional de Apoio às Ações Golpistas, um núcleo de Inteligência Paralela e, por fim, um núcleo operacional para Cumprimento de Medidas Coercitivas.

Segundo os investigadores da PF, o primeiro grupo atuava na propagação de notícias falsas para desacreditar as urnas eletrônicas e colocar sob suspeita a legitimidade das eleições. Paralelamente, outro núcleo buscava incitar mais militares a aderir ao golpe de Estado em planejamento. A área jurídica elaborava documentos e argumentos jurídicos para as intenções do grupo que tramava contra a democracia.

Os outros três núcleos atuariam na parte operacional do plano, com apoio às ações golpistas, investigação paralela sobre trajetos feitos por alvos como o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.

Continua depois da publicidade

O relatório final da investigação da PF tem 884 páginas e foi encaminhado ao STF. As provas foram obtidas por diligências policiais feitas durante quase dois anos, com base em quebra de sigilos telemático, telefônico, bancário, fiscal, colaboração premiada, buscas e apreensões, entre outras medidas autorizadas pela Justiça.

A descoberta mais recente dos investigadores foi revelada esta semana, com a divulgação do plano de matar o presidente Lula, o vice Geraldo Alckmin e Alexandre de Moraes, que também poderia ser alvo de sequestro. Dos cinco presos preventivamente nesta semana em razão destas denúncias, quatro estão na lista de indiciados confirmada nesta quinta-feira pela PF.

Além do Bolsonaro, nomes como o candidato a vice na chapa dele em 2022, general Braga Neto, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres e o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro, general Augusto Heleno.

* Com informações do portal Metrópoles

Leia também

Quem são os indiciados por tentativa de golpe de Estado junto de Bolsonaro

Quais são os crimes atribuídos a Bolsonaro pela Polícia Federal na tentativa de golpe

O que pode acontecer com Bolsonaro após indiciamento por golpe de Estado