A investigação contra dois policiais penais por suspeita de levar um preso até uma casa de praia em Florianópolis pode durar até cinco meses. Segundo a Secretaria de Estado da Administração Prisional e Socioeducativa (SAP), o processo administrativo disciplinar corre em segredo de Justiça até a apuração dos fatos, que ocorreram em janeiro de 2019, e foram constatados durante uma sindicância aberta pela pasta.
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A suspeita é de que dois agentes teriam beneficiado um detento da Penitenciária de Florianópolis. Um dos policiais penais — atualmente lotado no Presídio Regional de Tijucas — supostamente teria ido até a Central de Audiência de Custódia de Florianópolis e interferido nos procedimentos de segurança do detento. No dia, segundo a secretaria, ele estava de atestado médico.
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O homem ainda teria participado, de forma irregular, da transferência do interno até a Penitenciária da Capital, e entrado no local sem autorização. Depois, retirou o preso das dependências da unidade prisional e, usando um veículo oficial, levou o homem até a casa dele, na Praia de Canasvieiras, no Norte da Ilha de SC.
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Já o segundo envolvido — lotado na Penitenciária de Florianópolis —, segundo a secretaria, supostamente teria feito a escolta do preso sem os procedimentos necessários de segurança. Além disso, ele é apontado por ajudar o colega a retirar o interno da unidade prisional.
Conforme a SAP, o processo administrativo é conduzido por uma Comissão formada por três membros e que tem respeitado todas as fases do processo. Por conta da situação, ela segue em segredo “até a completa conclusão do mesmo”, que deve ocorrer em até cinco meses.
Caso sejam denunciados, os policiais podem ser suspensos até demitidos de forma qualificada por “comprometer a dignidade e o decoro da função pública, ferir a disciplina e a hierarquia, prejudicar a eficiência dos serviços públicos ou causar prejuízo de qualquer natureza à Administração”, conforme a lei estadual nº 6.745 de dezembro de 1985.
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