Blumenau já registrou 17 homicídios neste ano – a maioria tem relação com tráfico de drogas e facções criminosas. De acordo com a Polícia Civil, 10 casos são considerados solucionados. Entre os crimes que seguem em investigação está o duplo homicídio ocorrido no início do mês.

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Mãe e filha foram mortas dentro de casa, no bairro Tribess, no último dia 4. Inês do Amaral, 57 anos, foi morta por asfixia e encontrada no quarto. A filha Franciele Will, 30, foi localizada na cozinha com o pescoço cortado. Por se tratar de um trabalho sensível, segundo o delegado Bruno Effori, a investigação segue sob sigilo.

– O inquérito policial possui um prazo legal de 30 dias para ser concluído, mas as investigações não estão concluídas, embora estejam avançadas, com alguns suspeitos identificados. Esse é um inquérito policial, uma investigação muito sensível, com várias diligências sendo realizadas pela nossa equipe de forma extremamente sigilosa, em virtude do modo de execução, do local, da forma como o crime foi realizado, tudo leva a crer que foi uma pessoa próxima à família – afirma o delegado.

Entre os crimes considerados solucionados pela polícia, dois deles tiveram desdobramentos no início desta semana. Segunda-feira, a polícia apreendeu um adolescente de 16 anos, que teria confessado em depoimento dois assassinatos. Conforme a polícia, o garoto cumpria medida sócio educativa no Casep, em Blumenau, por roubo, mas havia fugido no início do ano.

– Esse adolescente confessou a autoria dos dois crimes. Deu detalhes que são condizentes com as linhas de investigação que nós tínhamos nos dois inquéritos policiais, sendo do Roland (Gebin, 66 anos, morto no dia 3 de abril, na Itoupavazinha) a hipótese de latrocínio, já que ele estava no terreno na companhia de um outro comparsa, que já está identificado pela Polícia Civil e encontra-se foragido. E o Djonatam (Luiz Alves, 22 anos, morto no dia 11, também Itoupavzinha), que seria o segundo homicídio, seria em virtude de disputa de pontos de tráfico de drogas e uma dívida oriunda da venda de entorpecente anterior, já que o adolescente e a vítima (Djonatam) são conhecidos do meio policial por realizarem tráfico de drogas e pequenos furtos para sustentar inclusive o seu próprio vício ali na região – diz o delegado.

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* Com informações de Marina Dalcastagne, da NSC TV.

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