Investigadores do governo dos Estados Unidos e autoridades da Boeing já estão na Coreia do Sul para colaborar nas investigações sobre o desastre aéreo que deixou 179 mortos ao aterrissar em Muan, no domingo (29). As informações são do O Globo.

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De acordo com a agência de notícias sul-coreana Yonhap, a equipe conta com dois especialistas do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos (NTSB) e dois membros da Boeing, que atuam junto às autoridades locais do Conselho de Investigação de Acidentes de Aviação e Ferrovias (Araib).

Normas da Organização Civil Internacional determinam que o país onde ocorreu o acidente deve liderar a apuração, mas os demais envolvidos também podem participar – como a fabricante da aeronave e outros países com vítimas.

Serão investigados os destroços da aeronave em busca de pistas sobre a causa do acidente e analisadas as caixas-pretas do avião. Segundo a Yonhap, o gravador de dados do voo sofreu danos externos, mas o gravador da cabine estaria em boas condições. O grupo decidirá se tentará reparar e analisar a caixa-preta no local ou se o dispositivo deve ser enviado aos EUA para uma investigação mais detalhada.

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Maior acidente aéreo do país

Das 181 pessoas a bordo do voo 2216 da companhia aérea Jeju Air, apenas duas sobreviveram à colisão. O acidente é o maior da história da Coreia do Sul e o pior desastre aéreo do mundo em seis anos. A companhia aérea “low cost” comunicou que 68 mil reservas de voos foram canceladas num período de quatro horas após o incidente trágico.

Entre os 175 passageiros, 173 eram sul-coreanos e dois tailandeses. O Boeing 737-800 da Jeju Air ainda levava seis tripulantes.

O governo sul-coreano decretou luto nacional para o país por sete dias.

A trajetória da aeronave

A aeronave saiu de Bangkok, na Tailândia, às 4h30, no horário local, e tinha previsão inicial de chegada para às 8h30 na cidade de Muan, no Sul da Coreia. A cidade onde ocorreu a tragédia fica na província de Jeolla do Sul, a cerca de 288 quilômetros da capital do país asiático, Seul.

Pelo horário local, o acidente aconteceu às 9h03 de domingo (29). O avião saiu da pista após pousar e bateu contra uma barreira de concreto nas proximidades do terminal. Em imagens do acidente, é possível ver que o avião sai deslizando “de barriga” pela pista, antes de bater e explodir.

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Inicialmente, a queda foi atribuída a uma colisão com pássaros antes da aterrisagem. Às 8h54, após ser alertado pelo aeroporto sobre um choque potencial com aves, a tripulação emitiu um pedido de socorro e arremeteu da primeira tentativa de pouso. Com permissão da torre de controle, fez um pouso de emergência na direção oposta, chocando-se com um muro de concreto. De acordo com Ju Jong-wan, um diretor de política de aviação do Ministério de Território, Infraestrutura e Transporte, aeronaves tinham permissão para pousar em ambas as direções do aeroporto.

Segundo o jornal Guardian, o Aeroporto Internacional de Muan registra a maior taxa de colisões com aves na Coreia do Sul. De 2019 à agosto de 2024, foram registrados 10 incidentes envolvendo pássaros no local, que tem o aparecimento de aves favorecido devido a localização próxima a campos e áreas costeiras.

*Sob supervisão de Andréa da Luz

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