A Corregedoria da Polícia Civil começa nesta segunda-feira a investigação das suspeitas de desvio de diárias pelo delegado Cláudio Monteiro, exonerado na semana passada do comando da Diretoria Estadual de Investigações (Deic), em Florianópolis.

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Ainda não foram revelados os detalhes de como será a apuração, que costuma durar no mínimo 30 dias.

Monteiro foi exonerado da direção da Deic pelo secretário da Segurança Pública, César Grubba, em decisão conjunta com o delegado-geral da Polícia Civil, Aldo Pinheiro D’Ávila, e o governador Raimundo Colombo.

Conforme a SSP, a determinação da abrir investigação para investigar o ex-diretor foi dada ao corregedor Nilton de Andrade, mas ainda não se sabe qual o delegado-corregedor que irá presidi-la.

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O advogado criminalista Cláudio Gastão da Rosa Filho, defensor do delegado Monteiro, fará na manhã de segunda-feira, na Corregedoria, um pedido de acesso ao conteúdo das denúncias. Gastão quer se inteirar das acusações contra o seu cliente para a defesa e espera que isso aconteça de forma rápida, pois avalia que Monteiro cometeu erro administrativo e não crimes.

O ato de exoneração de Monteiro deverá ser publicado no Diário Oficial do Estado entre segunda e sexta-feira. Por enquanto, o comando interino da Deic está com o diretor-adjunto, delegado Célio Nogueira Pinheiro. O futuro diretor da Deic, delegado Laurito Akira Sato, deve assumir apenas a partir do dia 16.

As denúncias

O ex-diretor da Deic Cláudio Monteiro é suspeito de desviar R$ 1,45 mil em diárias as quais seriam para uma operação policial em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, em 2011. A secretaria de Segurança Pública afirma ter apurado após denúncia que Monteiro não foi na ação policial e que nesse período embarcou numa viagem pessoal a Miami, nos Estados Unidos.

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Em entrevista exclusiva ao DC publicada no sábado, o delegado disse que cometeu erro administrativo e negou ter agido de má fé ou cometido crimes. Ele garantiu também que devolveu as diárias assim que percebeu o erro.

A SSP afirma que Monteiro é investigado por peculato (quando o servidor público apropria-se de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel em razão do cargo), falsificação de documento público, adulteração de documentos e malversação de dinheiro público.