A investigação da operação Pequeno Príncipe e as prisões feitas pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), na manhã desta quarta-feira, poderão desvendar o assassinato de Suelen Sabino Alves, 21 anos. Nesta manhã, o chefe da quadrilha e um empresário de Santo Amaro da Imperatriz foram presos.
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A jovem, filha do traficante Paulo Cesar Alves, o Cesinha, foi morta a tiros na Avenida Beira-Mar Norte, em Florianópolis, na noite de 1º de dezembro de 2011, quando dirigia um Citröen Air Cross. Ela foi executada com sete tiros.
O DC apurou que a Deic conseguiu informações da morte no grampo telefônico a partir dos investigados. A principal suspeita do delegado Cláudio Monteiro é de que o preso Marcos Vieira Francisco, o Marquinhos, tenha ordenado o assassinato de Suelen para tomar pontos de drogas que a jovem comandava desde a morte do pai, o traficante Cesinha, no Bairro Pantanal – foi morto em um campo de futebol, em 2009.
No monitoramento, a polícia obteve diálogos entre os criminosos a respeito do crime. Há conversas que mencionam valor de R$ 160 mil, que a polícia investiga a finalidade, se foi para algum pagamento para os executores ou teve outro destino. Policiais afirmam que Marquinhos seria filho de um suposto traficante falecido da Ilha conhecido como Joca e que antecedeu Cesinha no comando de bocas de fumo dos morros do Pantanal.
O grupo de Joca seria, de acordo com os policiais, o responsável pela execução de Cesinha. O inquérito da morte de Suelen foi arquivado pela Justiça em junho deste ano por falta de provas. A Delegacia de Homicídios encerrou a investigação sem indiciar ninguém. A investigação foi marcada por recusas judiciais em pedidos feitos pelos policiais da Homicídios.
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Agora, com as novas informações obtidas pela Deic, a expectativa da Polícia Civil é que o caso seja reaberto e os supostos envolvidos identificados e indiciados pelo crime.
– Sabemos que é o grupo de Marquinhos que está por trás da morte de Suelen. As conversas grampeadas mostram isso. Agora é correr atrás dos que atiraram – disse um policial da Deic.
Contraponto:
A defesa de Marcos Vieira Francisco, o Marquinhos:
O advogado Marcos Aurélio de Mello, defensor de Marquinhos, disse que ele nega envolvimento com o tráfico de drogas e a morte de Suelen Sabino Alves. Afirmou que Marquinhos trabalha com comércio de carros e sítios na região e sua relação com o empresário Ernani Buss é apenas em razão dessas atividades lícitas.
Ao comentar a suspeita da polícia sobre o envolvimento de Marquinhos na morte de Suelen, o advogado disse que Marquinhos e sua família eram amigos da de Suelen e que não procede a suspeita.
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– Um dos irmãos do Marquinhos era padrinho da Suelen. Não tem nada a ver isso. Não havia briga entre as famílias como dizem – afirmou o defensor.