Uma investigação da Polícia Civil terminou com 12 indiciamentos pelo crime de fraude em processos de licitações públicas ocorridos em municípios do Oeste de Santa Catarina entre 2019 e 2020. Todos os alvos da apuração são agentes do setor privado, já que não há indícios até aqui de participação dos gestores públicos nas ocorrências.

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O esquema dos indiciados consistia na atuação coordenada de empresas especializadas em cursos e palestras para favorecer uma só corporação nas licitações. Elas forneciam orçamentos com valores previamente combinados nos processos, para dar um falso aspecto de competição, enquanto uma outra apresentava valor menor e acabava sendo a escolhida para o contrato público.

Foram indiciadas empresas de São José, na Grande Florianópolis, Treze Tílias, no Meio-Oeste, e Curitiba (PR). A corporação da capital paranaense era a maior beneficiada pelas fraudes, tendo sido ganhadora de contratos em cidades do Oeste Catarinense que passaram dos R$ 10 mil.

Os nomes dos municípios envolvidos são mantidos sob sigilo, já que ainda podem surgir novos desdobramentos dos fatos identificados até aqui.

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A própria apuração recém-concluída pela 5ª Delegacia de Polícia Especializada no Combate à Corrupção de Chapecó é um desdobramento de iniciativa anterior da Polícia Civil, na Operação Open House, de agosto de 2021, mobilizada também para combater fraudes em licitações, mas no Meio-Oeste.

A investigação passada havia sido tocada pela 3ª Delegacia de Polícia Especializada no Combate à Corrupção, à época sediada em Joaçaba, que compartilhou com os policiais de Chapecó os indícios de que as atividades fraudulentas estavam ramificadas por outras partes do Estado.

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