O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou, nesta segunda-feira (21), o arquivamento de investigação da Polícia Federal contra seis empresários por trocarem mensagens de WhatsApp com menções a um golpe de Estado, em 2022.
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Entretanto, o ministro concedeu à Polícia Federal mais 60 dias para que sejam feitas diligências em relação a dois deles: Luciano Hang, da Havan, e Meyer Joseph Nigri, da Tecnisa. As informações são do g1.
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Segundo a PF, a apuração em relação a ambos está mantida para apurar o conteúdo do celular de Hang e um possível vínculo com o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Os empresários e apoiadores do então presidente e candidato à reeleição Jair Bolsonaro (PL), defenderam um golpe de Estado no Brasil nas mensagens enviadas pelo WhatsApp, caso o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, vencesse as eleições de outubro para a Presidência da República. As mensagens foram reveladas pelo site “Metrópoles”.
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Para Moraes, ao decidir contra a continuidade do procedimento contra os seis empresários, a investigação carece de elementos indiciários mínimos, “restando patente a ausência de justa causa para a sua continuidade”.
Luciano Hang se recusou a fornecer as senhas dos aparelhos
A decisão ocorreu após pedido da PF de prorrogação de prazo para finalizar a investigação, “inclusive com a análise da quebra do sigilo bancário e dos dados contidos nos telefones celulares do investigado Luciano Hang, uma vez que este se recusou a fornecer as senhas dos aparelhos”.
Ainda segundo a PF, na análise de uma conta de e-mail pertencente ao empresário Meyer Joseph Nigri, “ficou robustecido existir uma relação pessoal entre a família do ex-presidente Jair Messias Bolsonaro e o empresário”.
“Inclusive, no ano de 2021, há evidências de uma possível visita do então presidente à residência de Meyer Nigri, ressaltando que o específico grupo de WhatsApp denominado “Empresários & Política”, objeto desta investigação, foi criado, supostamente, naquele ano”, diz o relatório.
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Em relação a Luciano Hang, o relatório aponta a necessidade de extração e análise do material apreendido em seu celular, em razão da ausência do fornecimento das senhas pelo investigado.
“Consta, segundo informação policial, que a perícia técnica ainda trabalha no processo de identificação das referidas senhas”, acrescentou o ministro.
Empresários alvos de mandados de busca e apreensão
- Afrânio Barreira Filho – Coco Bambu
- Ivan Wrobel – W3 Engenharia
- José Isaac Peres – Multiplan
- José Koury – Barra World Shopping
- Luiz André Tissot – Grupo Sierra
- Marco Aurélio Raymundo – Mormaii
- Meyer Joseph Nigri – Tecnisa
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