Apesar de dias com temperaturas bastante elevadas, o inverno de 2024 foi mais gelado que o de 2023 em Santa Catarina. Isso ocorre, segundo a Epagri/Ciram, porque neste ano foram registrados mais episódios de neve e mais eventos de geada ampla no Estado.
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O órgão de monitoramento também destaca que as ondas de frio permaneceram em período mais prolongado, de um a cinco dias em média. Além da neve, registrada pela primeira vez em agosto em São Joaquim, o Estado também teve chuva congelada, nevoeiros e dias de termômetros abaixo de 0°C.
O comportamento do clima catarinense foi na contramão do que aconteceu no país como um todo. Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), 2024 teve o segundo inverno mais quente registrado no Brasil nos últimos 63 anos. Com temperatura média de 23,1°C, a marca só fica atrás de 2023 quando chegou a 23,3°C e se iguala ao patamar de 2015.
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Inverno de 2024 teve excesso de chuva e -7,2°C
No inverno de 2024, segundo a Epagri/Ciram, a chuva sobrou em boa parte do Estado, como mostram as partes do mapa em tons de verde, azul e rosa (imagem abaixo). Nos meses de junho e julho, a precipitação ocorreu de forma mais frequente, associada a temporais localizados, com ventania e granizo.
Nos dias 16 a 18 de junho, o total de chuva chegou a 400 mm em Praia Grande, com registro de inúmeros estragos e transtornos, por isso a anomalia mais significativa observada no Litoral Sul, conforme mostra a imagem.
Já agosto foi o mês mais seco do inverno, com chuva abaixo da média climatológica e períodos mais prolongados sem precipitação na maioria das regiões.
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Em relação à temperatura, as massas de ar frio chegaram com frequência a partir do fim de junho, com episódios de frio, entre um e cinco dias em média, e geada mais concentrada nas áreas altas do Extremo Oeste aos planaltos, especialmente no Planalto Sul. Mas o ar polar foi intercalado por períodos mais aquecidos, como foi previsto, com dias de sobra de calor fora de época.
A temperatura mais baixa deste inverno, de -7,2°C, foi registrada em Urupema, no dia 30 de junho, e a mais alta do inverno, até o momento, foi de 37,74°C em Criciúma, no dia 11 de setembro. A neve e a chuva congelada, que sempre marcam presença no inverno catarinense, neste ano ocorreram em agosto, nas áreas altas do Planalto Sul (Lages, Bom Jardim da Serra, São Joaquim, Urupema e Urubici) em dois eventos, na noite do dia 9 de agosto e madrugada do dia 10 de agosto, e tarde/noite do dia 24 de agosto e madrugada do dia 25 de agosto.
Os nevoeiros marítimos também foram frequentes nos últimos meses, no Litoral de Santa Catarina, devido ao predomínio de massas de ar quente. Em agosto, a fumaça e fuligem vindas de outras regiões do Brasil e países vizinhos foram responsáveis por névoa seca, com redução de visibilidade, poluição e até registro de chuva preta em Santa Catarina.

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