Tudo começou quando o dono de uma agropecuária na rua Apus, no Jardim Paraíso, estranhou o aumento da venda de inseticidas contra baratas e insetos. Antes, a venda do vidro, que custa R$ 9, era rara.
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Agora, saíram mais de 30 em menos de um mês. Morador da região há 15 anos, Gilmar Gallo afirma que nunca ouviu tanta reclamação sobre o excesso de pernilongos na região. Assim, ele criou um abaixo-assinado em buscar de solução. Já conseguiu 300 nomes.
A petição foi espalhada em igrejas e entre moradores. Gilmar conta já ter entrado em contato com a Ouvidoria da Prefeitura, e foi informado de que a solução seria a limpeza das valas a céu aberto. Mas ele e os moradores acham pouco. Sugerem a aplicação de um inseticida nas ruas.
Enquanto isso, os moradores se viram como dá. Alérgica a insetos, a dona de casa Marilei Prusse apela para venenos em pastilhas ou até ventilador para poupar a pela da filha, Beatriz, de apenas dois anos.
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– Tenho asma, por isso não posso usar alguns venenos em spray -, explicou.
Vizinhos de Marilei convivem com uma série de hábitos como fechar a casa perto das 17 horas e providenciar venenos, em spray, pastilha nas tomadas ou em formato espiral, para ser queimado.
Limpeza de valas
A coordenadora da Vigilância Ambiental de Joinville, Bárbara Gabriela Nied, informou que o órgão já recebeu reclamação sobre excesso de mosquitos em um centro de educação infantil da região. Na vistoria, foram encontrados mosquitos de uma espécie que não transmite doenças.
Ela acredita que a melhor forma de combater o problema ainda é a lista de dicas usadas para evitar a proliferação de mosquitos transmissores da dengue: limpar caixas d?água, piscinas, vasos de plantas e evitar acúmulo de água. Outra solução indicada é a limpeza das valas, que pode amenizar a reprodução de pernilongos.
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O secretário regional do Jardim Paraíso, José Bittencourt Rodrigues, disse que desconhecia o problema, mas que tentará tomar medidas para resolvê-lo. Segundo ele, já foram colocados 73 mil tubos na região nos últimos 3 anos, o que diminuiu o número de valas abertas.
Hoje, existe um programa de controle de borrachudos tocado pela Fundação 25 de Julho que, por enquanto, abrange apenas pontos da bacia do Rio Cubatão e Piraí, onde é aplicado inseticida a cada 15 dias.