O secretário-geral da Interpol, Ronald K. Noble, indicou nesta terça-feira que “a pista terrorista se afasta” na investigação sobre o desaparecimento no sábado de um avião da Malaysia Airlines com 239 pessoas a bordo.
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– Quanto mais informações temos, mais nos inclinamos a concluir que não se trata de um incidente terrorista – , declarou Noble.
Em relação à presença a bordo do avião de duas pessoas que viajavam com passaportes europeus falsos, – trata-se de um tráfico de seres humanos – , acrescentou. – Estamos cada vez mais certos de que estes indivíduos não são terroristas – , ressaltou.
– Graças aos meios de comunicação, ficamos cientes de quem estava na lista de embarque e soubemos imediatamente que eram passaportes roubados – , disse.
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Segundo Noble, os dois passageiros que viajavam com passaportes roubados, austríaco e italiano, são dois iranianos que voaram de Doha a Kuala Lumpur com seus passaportes iranianos. Não utilizaram os passaportes europeus até embarcarem na Malásia.
A Interpol divulgou dois nomes “que figuravam nos passaportes iranianos” sem a certeza de que correspondam aos dois passageiros. Eles são Puri Nur Mohamad, de 19 anos, e Delavar Seyed Mohamad Reza, de 30.
O secretário-geral também mostrou brevemente suas fotografias, mas não quis informar como ou onde foram tiradas.
– Agora que conhecemos a identidade destas pessoas, sabemos que abandonaram Kuala Lumpur para ter um status de refugiado e podemos nos concentrar no grupo criminoso que lhes permitiu viajar – , disse.
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A Malásia iniciou uma investigação por terrorismo após a descoberta de que dois passageiros embarcaram com passaportes roubados na Tailândia.
A polícia tailandesa anunciou, por sua vez, uma investigação sobre um possível tráfico de passaportes. O Boeing 777-200 da Malaysia Airlines desapareceu no sábado com 239 pessoas a bordo.
O desaparecimento do voo MH 370 da Malaysia Airlines lembra a queda do voo 447 da Air France, em 2009, cujos destroços só foram localizados dias após o acidente. Veja as peculiaridades: