Os últimos 20 anos, o número de faculdades e universidades no Brasil cresceu vertiginosamente. Paralelamente, surgiram cursos de extensão, cursos profissionalizantes de nível técnico e muitas escolas de idiomas. Tudo a serviço da globalização.

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A tecnologia e o crescente fluxo de comércio, serviços e capitais entre os países também ajudou nesse processo. Os mercados comuns na Europa, Américas e Ásia alcançaram volumes e cifras nunca antes imaginadas.

Porém, ainda temos um grande desafio: passar aos nossos estudantes uma visão mais ampla de mundo, aliada aos conhecimentos técnicos. Prepará-los para atuarem em qualquer parte do planeta, ou, pelo menos, a se comunicarem com fornecedores, clientes ou mesmo colegas de trabalho, que não sentam necessariamente na mesa ao lado e que podem estar em outro continente.

Empresas entraram em um mercado internacional mais competitivo e o mesmo passou a ser exigido dos seus profissionais e executivos. O saber mais se tornou obrigação para baixar custos e melhorar a qualidade dos produtos e serviços.

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A globalização deu lugar ao termo internacionalização, difundido para empresas, negócios e eventos – Copa do Mundo, Jogos Olímpicos, Fórmula 1, Rock in Rio. Finalmente a internacionalização chega à educação, ou pelo menos para nós, brasileiros, ela retoma o seu rumo natural, à sua essência.

Neste sentido, merece destaque o Programa Ciência sem Fronteiras , uma iniciativa do governo federal que busca promover a consolidação, expansão e internacionalização da ciência e tecnologia, da inovação e da competitividade brasileira por meio do intercâmbio de alunos de graduação e pós-graduação e da mobilidade internacional. O projeto prevê a concessão de mais de cem mil bolsas de estudo no exterior em quatro anos.

Pré-candidatos à eleição presidencial de 2014 sinalizam que o tema “internacionalização da educação” terá destaque nos planos de governo dos candidatos e, independentemente de quem ganhe as eleições, o programa de bolsas de estudos no exterior deverá ser mantido no próximo governo.

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Na educação, em termos gerais, internacionalização é a capacidade do saber intelectual de transcender as barreiras nacionais. O aspecto mais conhecido desse processo é o intercâmbio de pesquisadores e estudantes, criando-se condições para que eles extrapolem as fronteiras de seus países em direção a uma educação mais global e assim preparar os alunos para este novo mundo, desde o ambiente escolar até o acadêmico.

Nesse cenário, o Brasil não pode perder o bonde da história.

A internacionalização vem como uma onda de oportunidades na área da educação superior no Brasil. Oportunidades essas que podem ser aproveitadas na forma de cooperação, convênios, políticas públicas, desenvolvimento, pesquisas e negócios. Isso inclui tornar o Brasil também um país destino para o estudo.

A Embratur criou recentemente o Programa Study in Brazil. O potencial do País para a educação internacional é reconhecido pelo Ministério do Turismo. Tanto que, no ano passado, a Embratur firmou parceria com a Belta – Brazilian Educational & Language Travel Association – para criar o Bureau Brasileiro de Intercâmbio. O turismo idiomático é uma das grandes oportunidades que temos nessa área.

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Acredito que a democratização das informações é fator decisivo para o sucesso da internacionalização, por isso, aproveito para convidar a todos a participar da 2ª edição do Cidadão do Mundo, que acontecerá nos dias 14 e 15 de março de 2014, na cidade de Joinville.

Importante polo universitário, com mais de 30 mil estudantes de graduação em 17 instituições de ensino superior, o IES, somente nos campi de Joinville. O evento acontecerá no Centro de Convenções Alfredo Salfer, no Centreventos Cau Hansen, com entrada franca.

Considero que esta seja a nossa principal contribuição para levarmos esta informação e, principalmente, a motivação para jovens e adultos de todas as idades para que estejam preparados para o mercado e para contribuir com o desenvolvimento sustentável do Brasil.

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Herley Cesar Reinert é especialista em negócios internacionais, professor universitário e diretor executivo do evento Cidadão do Mundo.

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