Olhando para o atual elenco do Inter, a fartura de jogadores em uma determinada função chama a atenção: a de volante. São oito. Formariam um time de society e ainda sobraria um no banco. Com algum exagero, considerando que Anderson, Alex e Paulo Cezar já atuaram na função também, haveria um time inteiro somente de volantes no Beira-Rio. Rodrigo Dourado, Nilton, Fernando Bob, Fabinho, Bertotto, Silva, Jair e o recém-chegado Anselmo formam a República dos Volantes no elenco de Argel Fucks.

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Mas, assim que o Brasileirão começar — neste final de semana, quando o Inter receberá a Chapecoense, no Beira-Rio —, uma pequena mudança no elenco atual ocorrerá. A tendência é que jogadores mais jovens, de diversas funções (inclusive do time B), sejam emprestados para clubes das Séries B e C, a fim de ganhar rodagem. No caso dos volantes, Bertotto, Jair e Silva serão cedidos até o final do ano. Bertotto, considerado um jogador promissor, sequer jogou com Argel em 2016. Já Rodrigo Dourado (talvez o principal ativo do clube atualmente), que passará os meses de julho e de agosto com a seleção olímpica, dificilmente será vendido nesta janela de meio de temporada.

— Estamos com um bom grupo de volantes. Boa parte deles em idade madura e no auge de suas carreiras — diz o vice de futebol do Inter, Carlos Pellegrini. — Além disso, todos eles podem atuar na primeira e na segunda funções do meio-campo. Todos têm bom passe e sabem chegar à frente — acrescenta o dirigente.

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Com Rodrigo Dourado ainda retornando de lesão, e sem ritmo de jogo, é possível que a dupla de volantes do hexacampeonato gaúcho, Fabinho e Bob, seja mantida na equipe titular. Nilton, que passou cinco meses suspenso por doping, e Anselmo, contratado ao Joinville, e que deverá ser apresentado nesta quinta-feira, deverão esperar a vez.

— Cinco me parece um bom número de jogadores para essas posições. Com oito, dificilmente todos atuariam — analisa Batista, volante tricampeão brasileiro com o Inter e comentarista do canal Première. — Quanto mais volantes experientes, melhor. Mas desde que estejam bem fisicamente, o que parece ser o caso no Inter. O atleta mais rodado pode comandar tanto a defesa quanto o setor ofensivo em um jogo complicado. Fabinho e Bob formam uma boa dupla para começar o campeonato — emenda Batista.

Contar com diversos volantes no elenco não é novidade no Beira-Rio. No Brasileirão do ano passado, mesmo sem Aránguiz, que foi preservado para a Libertadores, antes de embarcar para o Bayern Leverkusen, nove jogadores atuaram nas funções de volante (com Diego Aguirre e, depois, com Argel Fucks): Wellington Martins, Nilton, Rodrigo Dourado, Silva, Nico Freitas, Jair, Anderson, além dos improvisados William e Alan Ruschel.

— O volante virou um jogador fundamental em qualquer time. Afinal, muitas vezes é ele quem promove a compactação do time, quem avança de trás e quem começa o ataque — comenta o volante Wellington Monteiro, 37 anos, campeão da Libertadores e do Mundial com o Inter. — Outro fator importante é que o Inter tem um grupo de volantes muito bom, com nomes experientes e polivalentes — conclui Monteiro.

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Volantização

Rodrigo Dourado, 21 anos

Nilton, 29 anos

Fernando Bob, 28 anos

Fabinho, 29 anos

Anselmo, 27 anos

Bertotto, 22 anos

Jair, 21 anos

Silva, 20 anos

Quem fica para o Brasileirão

Rodrigo Dourado — o mais jovem do grupo (e o mais talentoso). Desarma com qualidade e sai jogando. Dificilmente erra passes. Desfalcará o Inter por quase dois meses, devido aos Jogos Olímpicos. Dificilmente será vendido para a Europa nesta janela de agosto.

Nilton — estilo volantão, protege bem a zaga e tem um violento chute de direita. Após cinco meses parado, voltará em uma condição física superior à do ano passado. Vai para o seu oitavo Brasileirão e foi bicampeão nacional com o Cruzeiro, de 2013 e 2014.

Fernando Bob — começou no Fluminense, mas foi se destacar mesmo como capitão da Ponte Preta, em 2015. Já é um dos líderes do time de Argel. Intenso na marcação e com qualidade para sair jogando pelo meio e, por vezes, pelos lados. Jogará pela oitava vez o Brasileirão da Série A — torneio que venceu com o Fluminense de 2010.

Fabinho — ao lado de Nilton, é o tiozão da turma dos volantes. Apesar disso, é quem tem menos experiência de Série A: jogou apenas o torneio do ano passado, pelo Figueirense. No Inter, tem sido um dos mais regulares nomes do time. Vai bem também como lateral-direito.

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Anselmo — considerado o melhor jogador do Joinville, é forte, bom marcador e elogiado por avançar bem por ter bom chute, tanto de direita quanto de esquerda. Esteve na Série A somente no ano passado, com o clube catarinense

Quem será emprestado

Bertotto

Jair

Silva

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