No Inter-SM, a camisa 10 ainda não tem um dono definitivo. Faltando quatro rodadas para o fim da fase classificatória da Taça Fábio Koff, o técnico Jorge Anadon quebra a cabeça para decidir quem será o meia de criação, o homem responsável por articular as jogadas e municiar os atacantes.

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Ao longo do Gauchão 2009, foram seis tentativas de encontrar um meia para o time colorado – Jonas, Vainer, Vandré, Marquinhos, Leandro Smith e Luís Fernando foram testados na posição. Nenhum deles deu a resposta esperada. Para o jogo deste domingo, contra o Avenida, Anadon promoverá mais um vestibular para escolher o titular da posição. A definição ocorrerá no treino da tarde desta sexta, na Baixada, mas o técnico já adiantou quem são os concorrentes: os meias Luís Fernando e Vandré e até o volante Sandro, que atuou um pouco mais adiantado na derrota por 1 a 0 no Beira-Rio.

– São três jogadores diferentes. O Vandré é um meia de ligação, enquanto o Luís Fernando é um meia de articulação. Já o Sandro é um volante, mas que pode atuar como um armador. Vou tentar solucionar isso da melhor maneira possível – prometeu Anadon.

A escolha deve passar pela característica que o técnico deseja imprimir à equipe, tanto contra o Avenida, quanto no restante do turno. Vandré, o jogador que mais vestiu a camisa 10 na temporada, reconhece que, com ele em campo, o time ganha mais velocidade do que posse de bola.

– Depende da forma como o treinador gosta de jogar. Eu sou um jogador mais de velocidade e, pelo que deu para perceber, o Anadon prefere ter um meia que arme junto com os volantes. Não que eu não possa fazer isso. É mais uma questão de característica mesmo – disse Vandré.

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Lacuna

Quando o assunto é o camisa 10 do time, a torcida logo lembra de Chiquinho. O jogador que comandou o Inter-SM na volta à Série A e na excelente campanha do Gauchão 2008 está agora no Guarani, de Campinas (SP). Segundo o presidente colorado, Carlos Rempel, o clube de Santa Maria esgotou todas as possibilidades para tentar manter o meia por mais uma temporada na Baixada, o que não foi possível:

– A proposta do Guarani foi muito acima do patamar do clube. Se nós a cobríssemos, estaríamos pagando ao Chiquinho mais do que o dobro do teto. Não poderíamos fazer isso.

Para o dirigente colorado, a lacuna deixada por Chiquinho vai demorar algum tempo para ser preenchida. Dentro e fora de campo.

– Um jogador como o Chiquinho, com a qualidade dele na bola parada e a empatia com a torcida, aparece de 10 em 10 anos – admitiu Rempel.

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O elenco colorado treinou em dois turnos nesta quinta. Como o trabalho de musculação na academia da UFSM, pela manhã, foi puxado, o técnico Jorge Anadon acabou optando por fazer um treino mais leve à tarde, no Estádio Presidente Vargas. A definição do time que enfrenta o Avenida sairá no treino tático de hoje à tarde, na Baixada.