O ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse nesta sexta-feira que não acredita que a presidente Dilma Rousseff esteja antecipando a campanha eleitoral de 2014, mesmo tendo reforçado a agenda de viagens Brasil afora. Segundo o ministro, Dilma não pode ficar na “redoma de vidro” do Palácio do Planalto, sem manter contato direto com as pessoas.

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– Ninguém pode ficar nessa redoma de vidro apenas recebendo informações intermediárias. ê muito importante o contato com as pessoas. Ouvir as pessoas, ouvir os protestos, dialogar, faz parte constitutiva da democracia, do nosso estilo popular de governar. O que a presidenta Dilma fez foi exatamente dar continuidade a essa prática de governar perto das pessoas, não ter medo das pessoas – disse o ministro a jornalistas.

:: Recorde no ar

Conforme reportagem do jornal O Estado de S.Paulo dessa sexta-feira, a presidente Dilma Rousseff quebrou nesta semana o recorde de viagens nacionais feitas desde que assumiu o cargo.

Com as idas a Aracaju (SE) e São Bernardo do Campo (SP), Dilma completou 71 deslocamentos domésticos em 2013, dos quais 45 ocorreram no segundo semestre, após a onda de protestos nas ruas do País.

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O número de viagens em 2013 supera o de 2011 (69 viagens) e o de 2010 (50) e será incrementado na próxima semana, quando estão previstos eventos em pelo menos quatro cidades: Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Velho e Ji-Paraná (RO).

:: Em busca da base aliada

– Eu não acho que há nenhuma antecipação por parte da presidenta Dilma. Nós temos uma base de apoio e é natural que a presidenta cultive essa relação. A presidenta Dilma já foi muito criticada por não fazer política, por não cultivar as relações. O que ela está fazendo é buscar reforçar essa base aliada – afirmou Carvalho.

Para o ministro, a escolha dos locais a serem visitados está “muito ligado ao tipo de obra que fica pronta, ao tipo de convite que você recebe”.

Na próxima segunda-feira, 09, Dilma deve retornar a Minas para anunciar, em Belo Horizonte, investimentos em obras de mobilidade urbana, repetindo roteiro já feito em São Paulo, Porto Alegre, Salvador, Fortaleza, Curitiba e Guarulhos só neste ano.

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