Com a chegada do verão, uma preocupação reforça a importância dos cuidados com a saúde na estação mais quente do ano: a força da radiação ultravioleta. Isto porque, dependendo da intensidade, a exposição pode causar queimaduras, envelhecimento precoce e até câncer de pele. E é justamente este alerta que especialistas tem dado, principalmente na época “pré-verão”.

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Os raios UV são uma onda eletromagnética que possui mais energia do que a luz visível. Ela pode ser subdivida em três tipos — UVC, UVB e UVA — de acordo com o comprimento. Um dos principais benefícios é estimular a produção da vitamina D no corpo. No entanto, também há outras consequências que podem ser maléficas. O UVB, por exemplo, provoca queimaduras na pele, principalmente onde não há presença do protetor solar.

— Eles realmente agridem a nossa pele na relação das nossas fibras, que vão quebrando. Por isso que a medida que as pessoas pegam muito sol, ocorre essa quebra das nossas fibras — explica a dermatologista Solange Emanuelle Volpato.

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A preocupação aumenta quando o corpo volta a ficar exposto ao sol depois de muito tempo. Um alerta que não se restringe apenas para as peles brancas.

— Quanto mais branca a pele, há pouca melanina, que serve como proteção aos raios ultravioletas. Ou seja, quanto mais clara, mais sensível a agressão do sol. […]. Já a pessoa negra, não vê aquele “roxo” na pele e acredita que não sofre a agressão, mas eles ficam com a pele mais fotoenvelhecida e a mudança no DNA, que pode aumentar o risco de câncer de pele — diz.

Os malefícios para a pele

A dermatologista reforça outro problema que a exposição intensa do sol pode causar: o câncer de pele. Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimam que Santa Catarina deve ter uma taxa de 13,91 casos por 100 mil habitantes, mais do que o triplo da média brasileira, que é de 4,13 casos por 100 mil habitantes. Só no ano passado, 313 pessoas morreram vítimas da doença no Estadp, conforme a Secretaria de Estado da Saúde.

— Se a gente fala em melanoma, tem que ter um caráter genético associado. Porém, se falamos em carcinomas, que é o mais comum, nós sabemos que a exposição ao sol e junto com uma pele clara é o pacote perfeito — pontua.

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Portanto, a dermatologista reforça a importância dos cuidados, principalmente nesta época do ano:

— Você está no sol, está no horário adequado, mas está com a sensação de que está queimando, significa que tem muita incidência de raio UV. Talvez o ideal seria sair mais cedo da exposição, e a tarde se recolher mais tarde. É o que a gente pode fazer pela saúde da nossa pele. E protetor solar não tem conversa: tem que usar e abusar.

Veja como se proteger

  • Evitar a exposição excessiva à radiação solar, principalmente entre 10h e 16h;
  • usar chapéus, camisetas, óculos escuros e protetores solares;
  • cobrir as áreas expostas com roupas apropriadas, como uma camisa de manga comprida, calças e um chapéu de abas largas;
  • na praia ou na piscina, usar barracas feitas de algodão ou lona, que absorvem 50% da radiação ultravioleta;
  • usar filtros solares diariamente e reaplicar o produto a cada duas horas ou menos, nas atividades de lazer ao ar livre;
  • observar regularmente a própria pele, à procura de pintas ou manchas suspeitas;
  • manter bebês e crianças protegidos do sol. Filtros solares podem ser usados a partir dos seis meses;
  • os trabalhadores que estão expostos à luz solar direta devem redobrar os cuidados com a pele.

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