A negociação que durou mais de 24 horas para dar um desfecho exitoso ao caso de um advogado que admitiu ter matado a namorada a facadas e tentava se jogar da janela de um prédio em Balneário Camboriú exigiu um longo e exaustivo trabalho da Polícia Militar.

Continua depois da publicidade

Segundo o tenente-coronel Alexandre Vieira, comandante do 12º Batalhão da PM, há protocolos que precisam ser seguidos diante da situação. A cena começou a ser analisada pela polícia a partir da noite da última terça-feira (3).

O suspeito – Paulo de Carvalho Souza, de 42 anos – apresentava surtos psicóticos e estava próximo ao corpo da também advogada Lucimara Stasiak, de 30 anos. Ela teria sido morta no dia 28 de março, quinta-feira da semana passada.

– Ele tentou nos usar – relatou o tenente-coronel, sobre a intenção do suspeito tentar criar situações para que policiais atirassem contra o suspeito.

De acordo com o comandante, o advogado já havia tentado tirar a própria vida outras duas vezes, sendo que uma delas teria sido logo após a constatação de que a namorada estava morta.

Continua depois da publicidade

Dagmara Spautz: entenda por que a polícia arbitrou fiança para o advogado preso por matar a namorada em Balneário Camboriú

Entre as ações planejadas durante a negociação, policiais e bombeiros estavam preparados para fazer um rapel com pêndulo, porém a técnica não foi utilizada pelo estado emocional do suspeito e as constantes ameaças de que ele tentaria se jogar junto com quem tentasse imobilizá-lo.

– A intenção sempre foi preservar a vida dele, para que ele fosse levado à Justiça – disse o comandante do 12º BPM.

Segundo a Polícia Civil, o inquérito para investigar o caso de feminicídio e ocultação de cadáver foi aberto e tem 15 dias para ser concluído.

Continua depois da publicidade

Ouça a entrevista com o tenente-coronel Alexandre Vieira: