A agência de espionagem eletrônica do Canadá advertiu nesta sexta-feira (16) que hackers e Estados estrangeiros poderão buscar influenciar as eleições de 2019, depois que os ciberativistas tentaram atrapalhar, sem sucesso, o pleito de 2015, ano da chegada de Justin Trudeau ao poder.

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Em um informe, o Centro de Segurança das Comunicações (CSE) disse que “hacktivistas” e cibercriminosos vazaram documentos sensíveis do governo e tentaram difamar os candidatos e propagar a desinformação antes da votação de 2015.

Esses ataques de “baixa sofisticação não tiveram um impacto no resultado das eleições”, concluiu o CSE, acrescentando, porém, que é provável que os “hacktivistas” voltem a tentar repetir o procedimento quando os canadenses voltarem às urnas em 2019.

Segundo o CSE, em 150 anos, a democracia canadense não foi alvo de ataques virtuais de governos, mas é possível que possam tentar nas próximas eleições. De acordo com a agência, isso dependerá de “como os adversários do Canadá perceberão suas políticas externa e doméstica, e o espectro de políticas adotadas pelos candidatos federais canadenses em 2019”.

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“Somos um membro do G7. Somos um país da Otan. Somos uma voz influente e um líder no cenário mundial e, portanto, há um interesse significativo em influenciar a direção das eleições canadenses”, disse a ministra das Instituições Democráticas, Karina Gould, à AFP.

Segundo o CSE, 13% dos países que realizam eleições nacionais este ano tiveram seus processos democráticos como alvo. A expectativa é que o número e a sofisticação dos ataques aumentem.

* AFP