Entre as declarações de líderes partidários sobre a condenação do ex-presidente Lula a 9 anos e meio de prisão, um dos destaques aqui registrou-se no PSD. Antagônicas, mas explicáveis. O líder do partido na Assembleia Legislativa, Miltom Hobus, elogiou a decisão do juiz Sérgio Moro e celebrou a condenação, lembrando que “Lula comandara o mensalão e depois o Petrolão, pelo projeto corrupto de poder”. Empresário vitorioso, Hobus falava pelo setor produtivo, massacrado pelo lulopetismo e pelas esquerdas. Já o presidente estadual do PSD, Gelson Merísio, manifestou “tristeza” pela condenação. Justificou, com razão, que uma pena severa aplicada a qualquer líder é sempre um fato lamentável.
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Mas a reação tem tudo a ver com as eleições de 2018 em Santa Catarina. O deputado Gelson Merísio mantém, há muito tempo, relações cordiais com os parlamentares e dirigentes petistas do oeste e de outras regiões. Ajudou, inclusive, em campanhas políticas. E, claro, está de olho nas próximas eleições. Ele sabe melhor do que ninguém que o PT jamais apoiará o candidato do PMDB ao governo, qualquer que seja o escolhido. Os petistas responsabilizam o PMDB pela cassação de Dilma. E já decidiram que não há hipótese de PT e PMDB estarem juntos nas eleições majoritárias. Como o PT tem, no mínimo, 15% dos eleitores, o PSD conta com este reforço decisivo se for para o segundo turno contra o PMDB, na disputa final ao governo do Estado m 2018.
Pelo mesmo motivo, Esperidião Amin, vota a favor da denúncia contra Michel Temer e segue outros lideres do PP em todos os projetos e temas ligados ao PMDB.
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