As mobilizações dos integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) de Santa Catarina foram encerradas na tarde desta terça-feira. Pelo menos 600 agricultores marcharam pelo Centro de Florianópolis em protesto pela reforma agrária e por resultados no assentamento de famílias no Estado.

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De acordo com o coordenador do MST no Estado, Altair Lavratti, o papel dos agricultores em Santa Catarina foi cumprido. Eles retornam para suas cidades ainda nesta terça-feira.

Na manhã desta terça-feira, integrantes do MST doaram cerca de 18 toneladas de alimentos para famílias na comunidade Chico Mendes, na parte continental de Florianópolis. Os alimentos foram produzidos por agricultores ligados ao movimento em assentamentos do governo federal.

Na segunda-feira, os trabalhadores sem terra fizeram uma passeata do bairro Capoeiras, na parte continental da cidade, até a sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), no Centro.

Uma comissão se reuniu com o superintendente do órgão no Estado, João Paulo Strapazzon, e pediu agilidade no assentamento de famílias e a ampliação do crédito para a habitação e produção.

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Assentamento

O protesto teve como foco a demora no assentamento das famílias em Santa Catarina. No ano passado, segundo o movimento, só 45 famílias catarinenses conseguiram garantir uma área.

São mais de mil famílias acampadas pelo Estado. O grupo também reivindica a ampliação da assistência técnica e do crédito dirigido aos assentados.

A mobilização faz parte da Jornada de Lutas pela Reforma Agrária. Com o lema “Lutar não é crime”, o MST exige o assentamento das 90 mil famílias acampadas em todo o Brasil, a atualização dos índices de produtividade, a garantia de recursos para as desapropriações e investimentos públicos nos assentamentos (crédito para produção, habitação rural, educação e saúde).

A sede nacional do Incra, em Brasília, foi ocupada na manhã de segunda-feira por mais de 700 integrantes do MST. O grupo cobra os compromissos assumidos pelo governo federal depois da jornada de agosto que ainda não foram cumpridos.

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