Integrantes da cúpula do PGC são absolvidos de homicídio na Penitenciária de São Pedro de Alcântara

Dois integrantes do primeiro ministério do Primeiro Grupo Catarinense (PGC) foram absolvidos de um homicídio que aconteceu em 2011, na Penitenciária de São Pedro de Alcântara. A unidade é o quartel-general do PGC.

Sebastião Carvalho Walter, o Polaco, e Jocenir Fagundes de Oliveira, o Bruce foram considerados inocentes pela morte de Edson Vieira Sarmento, 36 anos, executado dentro da penitenciária, em 12 de fevereiro de 2011.

O júri popular ocorreu em 18 de junho passado, no Fórum de São José. O processo corre em segredo de justiça na 1a Vara Criminal do município. A denúncia foi julgada improcedente e os dois membros da facção foram absolvidos, em decorrência da votação soberana do Conselho de Sentença.

Polaco e Bruce haviam sido denunciados pelo Ministério Público como mandantes do crime.

Em 27 de fevereiro deste ano, Chayman Silveira Cabral foi condenado a 12 anos de prisão pela morte de Sarmento. De acordo com o MP, Chayman foi o executor do crime.

Sarmento era natural de Capinzal, no Meio-Oeste e estava preso por roubo. Teria sido assassinado por causa de uma dívida com a facção. Ele foi morto com golpes de estoque, uma arma artesanal, embaixo da escada do pátio onde os presos tomam banho de sol.

A vítima foi um dos 11 homens assassinados na penitenciária em 2011. Alguns por dívida. Outros como forma de pressionar as autoridades para derrubar o então diretor da unidade, Carlos Alves.

Por causa do julgamento, Polaco e Bruce foram os dois únicos integrantes da cúpula do PGC que não foram transferidos para penitenciárias federais, em fevereiro deste ano.