As duas últimas integrantes detidas do grupo russo Pussy Riot, Maria Alyokhina e Nadezhda Tolokonnikova, foram libertadas nesta terça-feira depois de se beneficiarem de uma anistia, mostrando-se combativas e críticas em relação ao governo do presidente Vladimir Putin.

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As duas jovens, detidas em março de 2012 por vandalismo e incitação ao ódio religioso, cumpriam uma pena de dois anos de detenção depois de cantarem uma “oração punk” contra Putin.

Sua condenação de dois anos terminaria em março de 2014. A libertação ocorreu três dias após a do ex-magnata do petróleo e opositor ao Kremlin Mikhail Khodorkovsky, indultado de forma inesperada pelo presidente russo. Alguns interpretam esses gestos como uma tentativa de melhorar a imagem da Rússia com a aproximação dos jogos olímpicos de inverno de Sochi, em fevereiro.

Alyokhina, de 25 anos, “foi libertada hoje (segunda-feira) por volta das 9h”, indicou Elena Nikoshova, porta-voz do serviço de aplicação de pena (FSIN) da região de Nizhni Nóvgorod.

Depois de ser transferida à estação de trens da capital da região, a jovem libertada se dirigiu à Comissão contra a Tortura da cidade para explicar o destino de suas companheiras de detenção.

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– O mais difícil na prisão é ver como destroem a gente – comentou Alyokhina à rede de televisão Dojd.

A cantora criticou a lei de anistia que permitiu sua libertação, aprovada na quarta-feira passada pelo parlamento russo e que prevê anistiar, entre outras, as pessoas condenadas por vandalismo – nesse grupo, estão os ativistas do Greenpeace, dos quais faz parte a brasileira Ana Paula Maciel.