Pelo menos duas ruas do bairro Jardim Paraíso, na zona Norte de Joinville, amanheceram ocupadas por dezenas de viaturas e policiais civis e militares nesta quinta-feira.
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Juntas, as corporações fizeram uma espécie de “operação abafa”, para identificar integrantes das facções criminosas e prisão de envolvidos no tiroteio da última terça-feira à tarde, quando uma estudante de 15 anos foi atingida por uma bala perdida na perna.
Pelo menos três pessoas trocaram tiros no meio da rua, na esquina das ruas Capricornus e Corona Borealis. Ela havia saído da escola quando foi baleada e acabou sendo socorrida por uma vizinha até a chegada da Polícia Militar e dos socorristas do Samu.
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Também na terça-feira, um menino de oito anos que ajudava o pai a fazer concreto escapou por pouco do tiroteio. O cãozinho da família da adolescente baleada, Docinho, foi atingido por um tiro na pata traseira. A garota foi atendida e encaminhada para o Hospital São José, onde foi atendida e liberada no meio da tarde.
Com mandados de busca e apreensão, os policiais chegaram nesta quinta-feira até a residência de um dos envolvidos no tiroteio, mas não o encontraram.
– Além da estudante, um dos criminosos também ficou ferido e recebeu ajuda lá no bairro mesmo. A gente chegou até a casa, mas ele não estava lá – disse o delegado João Adolpho Fleury Castilho, da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Joinville.
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Segundo o delegado Fleury, o que existe hoje é muito diferente dos tiroteios que ocorriam até o começo do ano entre criminosos.
– Fazia mais de um mês que não havia esse tipo de ocorrência. Desde que a gente começou o trabalho mais intensivo, os bandidos perderam espaço, estão acuados – diz o delegado.
Segundo ele, o caso da adolescente vítima de bala perdida esta semana mostra como a atuação da polícia tem sido rápida.
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– O tiroteio foi na terça e hoje (quinta) nós já conseguimos cumprir um mandado de busca na casa dele, numa resposta rápida da Polícia, do Ministério Público e do Poder Judiciário.
Três pessoas foram detidas durante a operação. Eles tinham cartas e material que seria usado por facções criminosas.
– Não podemos dar detalhes desse material. O inquérito sobre a atuação das facções criminosas em Joinville está em sigilo e deve ser concluído em breve – disse o delegado.
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Em 2015, duas crianças foram atingidas por balas perdidas durante tiroteios entre criminosos na zona Norte de Joinville. O menino Matheus Avi de Oliveira, de seis anos, morreu com um tiro na cabeça, em março. Um mês depois, um menino de sete anos foi ferido no bairro Aventureiro, também por uma bala perdida.