Apesar das declarações da presidente Dilma Rousseff na última semana, de que não acredita em combate à inflação com redução do crescimento econômico, o mercado manteve a projeção de alta da taxa básica de juros (Selic) em 2013. A estimativa faz parte do boletim Focus, divulgado pelo Banco Central na segunda-feira, com base nas avaliações de economistas de instituições financeiras.

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O mercado aposta em um avanço do juro para 8,5% no fim deste ano. Mesmo assim, a projeção da Selic para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), que deve ocorrer em abril, segue em 7,25% ao ano, indicando estabilidade na taxa no curto prazo. Zero Hora conversou com quatro economistas para debater se o juro é a melhor ferramenta para combater o dragão.

Veja a opinião dos economistas

O comportamento dos preços tem sido um dos destaques negativos do governo Dilma. Nos dois primeiros anos de mandato, a inflação ficou acima do centro da meta, que é de 4,5%. Em 2011, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador utilizado pelo governo, fechou no teto da meta, em 6,5%, e, em 2012 ficou em 5,84%. A divulgação do Relatório Trimestral de Inflação do Banco Central, na semana passada, ajudou a reforçar a sensação do mercado de que há um afrouxamento no combate à inflação. A instituição projeta inflação acima de 5% nos próximos dois anos.

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