A cúpula do governo chinês fez uma reunião na qual o presidente Hu Jintao alertou sobre o risco da instabilidade social gerada pelo impacto da crise financeira na China.
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O Comitê Central do Partido Comunista da China (PCCh) manteve uma reunião na sexta-feira na qual Hu deu as perspectivas para o próximo ano: promover o crescimento econômico, manter a estabilidade social e a capacidade de governo do PCCh. De forma paralela, o conselheiro de Estado Ma Kai reconheceu que seu governo enfrenta problemas sociais.
– Devemos dar grande importância aos novos problemas sociais perante a crise internacional – assinalou Ma Kai.
Alguns analistas do governo vêm alertando sobre o crescente risco de conflitos sociais como consequência do aumento do desemprego na China, um risco com o qual até agora o Executivo lidou com mão dura, censura e uma campanha de detenção de dissidentes e ativistas.
Sociólogos da Academia Chinesa de Ciências Sociais (CASS), uma instituição ligada ao Executivo chinês, já haviam alertado em dezembro que os conflitos poderiam se intensificar.
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A taxa oficial de desemprego urbano no final de 2008 estava em 4,2%, o nível mais alto desde 2003. O número é elevado apesar de não incluir os 200 milhões de camponeses que se deslocaram às cidades na busca por trabalho nas últimas décadas, que não aparecem registrados oficialmente.
Segundo um estudo da CASS, caso se inclua essa massa de imigrantes, o índice real de desemprego na China pode passar de 9%.