Mano Menezes não poderia ter pedido uma estreia oficial mais complicada do que a deste sábado, contra o Coritiba, que é líder do campeonato e tem em Alex a grande referência. O empate por 2 a 2, no Mané Garrincha, poderia ter sido uma vitória tranquila e talvez até uma goleada, já que Marcelo Moreno desper

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Foram exatos 114 dias sem entrar em campo. Neste sábado, na volta ao time titular do Palmeiras, Valdivia matou a saudade. E os palmeirenses devem ter sentido o mesmo. Aclamado pela torcida, o camisa 10 teve uma tarde digna do número que carrega nas costas e comandou a goleada do Verdão por 4 a 0 contra o Oeste, no estádio Prudentão, em Presidente Prudente (SP), pela sétima rodada do Campeonato Brasileiro da Série B.

– Faz tempo que eu não sentia esse prazer de jogo – disse o Mago após o jogo.

Valdivia iniciou as jogadas dos três primeiros gols do time – dois de Leandro e um de Charles, que foi às redes novamente em belo chute para marcar o quarto do Verdão. Dribles também fizeram parte do repertório do chileno em seu retorno ao time. Com a vitória, o Palmeiras chega aos 15 pontos na competição e se mantém no G4. Já o Oeste fica estacionado com oito.

O “novo” Palmeiras voltou a campo, após a Copa das Confederações, para manter a caminhada rumo à elite do futebol nacional. O torcedor que viu o último jogo do Verdão, há 24 dias, assistiu a um outro Alviverde no gramado. A começar pelo cérebro do time. Há 114 dias fora do time, Valdivia retornou. Antes do jogo começar, se ajoelhou no campo e apontou com o indicador ao céu. Sabia que a partida valia muito mais do que três pontos.

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No banco de reservas, Gilson Kleina, suspenso pelo STJD por conta das ofensas ao árbitro na derrota diante do Sport, teve de acompanhar o jogo das tribunas. À beira do campo, estava seu auxiliar Julinho.

Em campo, o que se viu foi um Palmeiras mais articulado. Valdivia chamou a responsabilidade e passou a distribuir o jogo. Com dribles curtos e giros para cima da marcação, criou as principais oportunidades do time. Sorte de Leandro. O chileno iniciou os lances dos dois primeiros gols. O que inaugurou o placar, contou com bela passagem e cruzamento de Luis Felipe. No segundo, Vinícius encontrou o atacante para dar uma “casquinha” e mandar para o fundo do gol.

O Oeste veio com a ideia de se defender. O técnico Roberto Cavalo armou sua equipe no 4-5-1 e levou perigo, principalmente com as tabelas de Wanderson, Fernandes e Fábio Santos. Em uma oportunidade, a bola bateu no travessão. Mas a equipe do interior de São Paulo teve problemas nas laterais, deixando brechas bem aproveitadas pelo Palmeiras.

Na maior parte do jogo, o Verdão foi quem ditou o ritmo. Valdivia, o camisa 10, teve um primeiro tempo digno do número que carrega nas costas.

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Na etapa final, o Oeste teve de mexer duas vezes seguidas. A primeira, por opção do técnico. A segunda, em razão da lesão de Wanderson. E as alterações deixaram o time do interior mais ofensivo – consequentemente, com mais espaços para os jogadores do Alviverde trabalharem a bola no campo de ataque.

Se em pouco espaço Valdivia já estava comandando o jogo, imagina com muito mais? Não deu outra. O Mago encontrou Leandro, que recebeu nas costas da defesa do Oeste para ficar frente a frente com Fernando Leal, e rolar para Charles estufar as redes. Bom futebol e início de goleada.

Por conta do bom desempenho, Valdivia foi aclamado pelos torcedores a cada toque na bola. E, do mesmo jeito, nos braços da torcida, saiu para dar lugar ao estreante Mendieta. O elo com a torcida parece estar voltando. Em campo, o Verdão ainda chegou a mais um gol com Charles, em belo chute de longe.

Entregue, o Oeste se mandou ao ataque, mas sem organização. O Palmeiras soube controlar bem a partida, criou chances para o quinto, sexto e sétimo gols, mas não os efetuou. Mesmo assim, se mantém mais uma rodada entre os quatro primeiros na zona de classificação à Série A.

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Na próxima rodada, o Palmeiras volta à capital para encarar o ABC, no dia 12, sexta-feira, às 21h, no estádio do Pacaembu. Já o Oeste enfrenta o Boa Esporte, na próxima terça-feira, às 21h, no Municipal.

Mal começou o jogo, o Flamengo tomou um grande susto. Logo aos quatro minutos, Junior Urso subiu sozinho no meio da área e cabeceou firme, mas a bola pegou na trave. O que poderia ter feito com que o Rubro-Negro ficasse assustado, teve efeito contrário. Aos oito, Gabriel recebeu bola na direita, mas chutou mascado. A bola parou nos pés de Marcelo Moreno que empurrou para o gol de bico. Gol de artilheiro.

Por outro lado, Moreno poderia ter se consagrado aos 35, quando sofreu pênalti de Leandro Almeida e foi à marca da cal. Tranquilo, seguro, ele bateu no meio e Vanderlei pegou. Em cobrança que facilitou. Depois disso, João Paulo quase ampliou o placar aos 40 minutos, após arrancada pela esquerda e chute de direita. Méritos de Vanderlei, que desta vez fez bela defesa. Nervoso, o primeiro tempo ficou com um placar merecido. O Flamengo não fez por onde ampliar o resultado e muito menos o Coritiba se prontificou a não perder.

O Flamengo voltou para a segunda etapa com muita vontade de matar o jogo rapidamente. Não à toa, aproveitou a primeira chance que teve, logo aos dois minutos. Após cruzamento da esquerda, Vanderlei saiu mal do gol e Cáceres aproveitou para marcar de cabeça. Porém, a tranquilidade durou pouco tempo. Aos sete minutos, Chico subiu mais alto que a zaga rubro-negra e cabeceou para o fundo da rede defendida por Felipe. O jogo, que estava morto, pegou fogo em poucos minutos.

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Não demorou muito para a tragédia se instaurar no Flamengo. Aos 14 minutos, após boa troca de passes entre Victor Ferraz e Deivid, a bola sobrou para Alex, que fuzilou Felipe. Um belo gol e o drama rubro-negro começava a tomar corpo. Depois disso, a situação poderia ter ficado pior se Felipe não saísse bem nos pés de Everton Costa.

Nos minutos finais, o Flamengo até merecia melhor sorte. Vanderlei salvou dois bons lances e Gabriel ainda quase marcou um golaço. Verdade seja dita, o resultado poderia ter sido bem diferente se o Rubro-Negro tivesse caprichado um pouco mais.