Há exatos dois meses, um suspeito de envolvimento na onda de atentados que atingiu Joinville no início de fevereiro foi morto e outro detido durante uma perseguição policial na rua Copacabana, no bairro Anita Garibaldi.
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O inquérito, que estava previsto para ser concluído nesta terça, teve um pedido de prorrogação. A delegada responsável pelo caso, Cristine George, não quis se pronunciar sobre as investigações antes do fim do inquérito.
Na madrugada do dia 3 de fevereiro, Jean de Oliveira e um amigo, Jaison Cordeiro, ambos com 22 anos, estavam em uma moto e, de acordo com a polícia, teriam efetuado disparos para o alto, na avenida Paulo Schroeder, dando início à perseguição, que terminou na morte de Jean.
No confronto com a polícia, Jean acabou sendo atingido com um tiro na cabeça e morreu no local. Com ele, a polícia encontrou um revólver calibre 38. Mas o outro suspeito, Jaison, na ocasião, negou que eles estivessem armados. Da mesma forma, a família de Jean alega que os dois seriam inocentes e teriam sido vítimas de um equívoco.
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Mas a Polícia Civil, que investiga o caso, teve acesso a imagens de uma câmera de segurança da Polícia Militar, que teria revelado que os dois suspeitos, de fato, teriam efetuado disparos na Paulo Schroeder.
– Também temos as gravações das ligações de um cidadão e um policial militar de folga que presenciaram os disparos e acionaram o 190 -, afirma o tenente Daniel Henrique Rodrigues.
– Esse policial militar, inclusive, passou a seguir os dois suspeitos, repassando informações à polícia, que conseguiu pará-los na rua Copacabana -, comenta.
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As imagens e gravações foram anexadas ao inquérito policial sobre a morte de Jean. A polícia ainda investiga se Jean e Jaison teriam ligação com outros crimes cometidos naquela madrugada, que foi marcada por uma série de ataques. Cerca de uma hora antes da morte de Jean, dois suspeitos em uma moto teriam efetuado disparos para o alto em frente à base da PM no Aventureiro. Meia hora depois, dois homens, que também estariam de moto, teriam ateado fogo à Subprefeitura de Araquari.
No fim da madrugada, a polícia ainda registrou um atentado à sede da PM em São Francisco do Sul, que foi alvo de um coquetel-molotov, danificando viaturas estacionadas na garagem. Naquela mesma noite, um ônibus foi incendiado no Paulas, também em São Francisco do Sul.