Por determinação da Justiça, a Polícia Civil terá de reabrir a investigação da morte da naturóloga Andiara Melo Muniz, 28 anos, ocorrida no dia 8 de outubro de 2010, em Florianópolis. O desarquivamento do inquérito atende a pedido da família dela e visa a apurar as informações da quebra de sigilo telefônico.
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A jovem era funcionária da Secretaria Municipal da Saúde da Capital e foi encontrada morta dentro de seu carro, um Citröen C3, que estava capotado na Barra da Lagoa. A polícia abriu investigação porque houve a suspeita, na época, que a morte pudesse não ter sido por um simples acidente de trânsito, como se verificou no dia do fato.
A investigação não avançou e, em maio deste ano, o inquérito foi arquivado pela Justiça. Agora, atendendo a pedido do advogado Francisco Campos Ferreira, contratado pela família de Andiara, o juiz Marcelo Carlin determinou a reabertura.
O magistrado considerou que até o momento não constam no processo as informações da quebra de sigilo telefônico de pessoas ouvidas pela polícia. Para o juiz, é possível que esses dados tragam provas novas para a elucidação dos fatos.
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A mãe da jovem, Bernadete Ciriaca Muniz, disse que a decisão judicial reacendeu a esperança pela busca da verdade, pois a família não acredita que tenha havido só um acidente.
– Não estamos atrás de um culpado. Queremos esclarecer a verdade e saber o que realmente aconteceu.
Para a família, a polícia não ouviu todas as testemunhas, como os frentistas de postos da região. A mãe de Andiara estranha também o comportamento de um homem que teria tido um curto relacionamento amoroso com ela por 20 dias antes da morte. O rapaz, diz Bernadete, teria deixado a cidade após o ocorrido.
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A investigação continuará na 10a DP, na Lagoa da Conceição, agora sob os cuidados da delegada Michele Côrrea.