Inquérito militar vai apurar circunstâncias da morte de jovem no bairro dos Ingleses

Um inquérito policial militar para apurar as circunstâncias da morte de um jovem de 19 anos, que ocorreu no bairro dos Ingleses em Florianópolis na tarde dessa quinta-feira (18).

A família afirma que Vitor Rodrigues Xavier da Silva estava brincando de atirar em latinhas com uma arma de pressão quando foi baleado pela PM. A corporação alega que não tinha como saber que a arma não era letal e revidou ameaça.

Os policiais foram chamados por moradores porque um homem estaria apontando uma arma na rua, de acordo com o coronel Araújo Gomes, comandante da PM em Santa Catarina.

– Ao chegar no local, a guarnição avistou um jovem com o que parecia ser uma arma. Essa arma foi apontada para os policias, que revidaram deferindo tiros, que acabaram levando ele a morte. Foi socorrido pelo Samu, mas não foi possível salvá-lo – afirmou coronel.

A irmã do rapaz que preferiu não se identificar relatou que Vitor estava no quintal de casa, brincando de atirar em latinhas com a arma de pressão quando foi assassinado.

– Perdi meu irmão. Ele tinha me ajudado a arrumar a casa, saiu para o quintal para brincar. Eu achei que os tiros não fossem nele – disse.

O caso foi registrado como ameaça e confronto e na semana que vem os parentes da vítima serão ouvidos pela polícia, como explica o delegado Ênio Matos.

– Como você vai saber que a arma é de brinquedo? E se não fosse? Se fosse uma arma de verdade e ele tivesse atirado contra os policiais? Não tem como saber a distância. Depois que se viu que era uma arma de brinquedo. Aí é tarde. Não tem como saber, a arma é igual – afirmou.

Conforme a família, Vitor sonhava fazer parte das Forças Armadas. Jaime Luiz Dias era vizinho de Vítor e ficou indignado com a morte.

– Rapazinho gente boa, gente fina mesmo. Foi um erro muito grande, fui o primeiro a chegar, lamentável – declarou.

A PM informou por meio de nota que vai instaurar um inquérito policial. “Apurará diligentemente o que ocorreu e tomará medidas para que reduzir o risco de que novos incidentes como este se repitam”, disse a corporação.

Com apoio da NSC TV.